Nesta quinta-feira (13), o Brasil perdeu por 3 a 2 para a Austrália, pelo segundo jogo da Copa do Mundo de Futebol Feminino. Com o resultado, as seleções brasileira e australiana têm a mesma quantidade de pontos, três, e classificação para a próxima fase fica na última partida. Os gols no primeiro tempo foram de Marta, de penâlti, Cristiane e Foord e no segundo Logarzo empatou e Mônica marcou contra.
A expectativa para o duelo era grande. Brasil tinha pela frente uma grande adversária e que muitas vezes foi uma pedra no sapato, a Austrália. A volta de Marta na equipe dava um tempero especial para o duelo. As Matildas, começaram pressionando a seleção brasileira, que tinha dificuldade para chegar ao ataque.
Aos poucos, após passar o nervosismo inicial, a seleção brasileira foi chegando no gol australiano, principalmente com jogadas de velocidade da Andressa Alves. Aos 25 minutos, Letícia Santos foi puxada na camisa por Knight e a penalidade foi marcada. Marta foi para a cobrança e colocou a bola no fundo da rede, 1 a 0 Brasil.
Precisamos abrir um parenteses para a camisa 10 e o seu gol de pênalti. Marta voltava de lesão, e quem conhece a jogadora sabe que um dos seus pontos fracos é o pênalti, mas a jogadora sabia da importância da sua volta e que lances como esse dariam uma confiança a mais para o time e principalmente para ela. Com o gol, Marta chegou aos 16 gols em Copas e igualou a marca do alemão Klose, sendo os dois maiores artilheiros da competição, tanto feminina quanto masculina.
A Austrália não se abalou e aos 36 minutos, Kerr se antecipou e desviou para o gol. A goleira Bárbara defendeu firme. Mas no minuto seguinte, Tamires deu uma caneta em Gielnik, tocou para Debinha que cruzou para a área. Cristiane subiu mais alto do que a defesa australiana e mandou no canto da goleira Willians, 2 a 0 Brasil.
O resultado e atuação pareciam um sonho para a seleção brasileira, inclusive para a dupla Marta e Cristiane, que disputavam a quinta Copa e não jogavam juntas há um bom tempo. Era pura nostalgia no futebol feminino.
Mas o sonho aos poucos foi perdendo a cor. A Austrália, que não tinha superado a eliminação nas Olimpíadas para as brasileiras, começou a envolver com o toque de bola. E antes do primeiro tempo terminar, aos 46 minutos, as Matildas diminuíram com Foord.
Na volta para o segundo tempo, Vadão sacou Marta e Formiga e colocou Ludmila e Luana, respectivamente. A saída da camisa 10 foi por questão física, da camisa oito, por ser ausência confirmada na próxima partida contra a Itália, devido ao segundo amarelo. Aos três minutos, Debinha quase marcou o terceiro gol, após dar uma caneta, entrou na área e chutou de chapa, a bola raspou na trave. A camisa 9 também era destaque na partida.
O lance de Debinha não foi o suficiente para embalar a seleção. O time de Vadão começou a rifar a bola e a recuar, enquanto a Austrália pressionava, dando trabalho para a defesa brasileira. Aos 12 minutos, em uma desatenção, a lateral Logarzo cruzou a bola, que não desviou em ninguém, e acabou enganando a goleira Bárbara. Era o empate australiano.
Após o empate, o Brasil voltou a se soltar mais, tendo algumas oportunidades. Mas aos 21 minutos, após bola alçada na área, a zagueira Mônica desviou e a bola entrou. A árbitra da partida, não validou o gol e chamou o VAR. Era a esperança para as brasileiras. A árbitra suíça consultou e não viu interferência da Kerr, que estava adiantada, na jogada, 3 a 2 Austrália.
A saída de referências e a virada trouxeram o futebol brasileiro de volta para a realidade. A seleção sofre com a falta de criatividade técnica, que tem que lidar com as lesões e o desfalques. O duelo contra a Austrália era um teste para Vadão, que continua falhando contra as grandes seleções, ainda mais a Austrália que é um time forte fisicamente, além do bom futebol.