Nesse domingo (23), o Brasil perdeu por 2 a 1 para a França, sendo eliminado na Copa do Mundo. A partida, realizada no Stade Océane, na cidade de Le Havre, na França foi decidida na prorrogação. Os gols foram marcados por Valérie Gauvin e Amandine Henry pela França e Thaísa pelo Brasil.
A Copa do Mundo 2019 era a da superação das brasileiras, que vinha de derrotas, lesões e sem definição tática. Na fase de grupos, o Brasil terminou em terceiro lugar no Grupo C, com seis pontos, avançando como a melhor terceira colocada. O cenário francês era diferente, uma seleção consolidada, com uma excelente estrutura e em busca de um titulo para reafirmar a sua potência no futebol feminino. A anfitriã da Copa, estava 100%, venceu todos os jogos.
A França de Corinne Diacre é um time muito forte, ajustado, com base entrosada, e ainda contava com o apoio da torcida. O Brasil com todas as suas fragilidades táticas, tinha como principal arma a concentração e experiência de suas líderes, Marta, Cristiane e Formiga. No primeiro tempo, a seleção brasileira aguentou a pressão francesa, mas insistia muito nas ligações diretas, faltava mais troca de passes.
Aos 22 minutos, Diani passou por Tamires e cruzou para Gauvin, que se antecipou à Barbara e jogou para o gol vazio. A árbitra marcou falta de Gauvin em Barbara, anulando o gol francês. Aos 42, Debinha partiu da esquerda, foi desarmada, mas a bola sobrou para Cristiane, que invadiu livre a área. A camisa 11 chutou cruzado, e Bouhaddi defendeu com o pé.
No segundo tempo, a França voltou com um domínio maior. Aos seis minutos, em uma jogada típica da seleção francesa, Diani passou por Tamires pela direita e cruzou rasteiro. A bola passou por Barbara, e Gauvin, na pequena área, empurrou para o gol, 1 a 0.
O gol abateu a seleção brasileira, inclusive a defesa brasileira. Aos 16 minutos, quase a França aumentou a vantagem, quando Le Sommer invadiu a área pela esquerda, cortou para o meio e chutou forte. A bola desviou em Gauvin e foi para fora. Dois minutos depois, um lance com passes e não ligação direta colocou o Brasil no jogo novamente. Debinha avança pela esquerda e cruza. A bola sobra para Thaisa, que finalizou de canhota e marcou, 1 a 1.
O empate não evitou a pressão francesa, que ofereceu perigo ao gol da Barbara. Mas nos minutos finais, o Brasil cresceu e até chegou a marcar um gol, que foi anulado. Aos 41 minutos, Cristiane achou Tamires livre na área, que invadiu e tocou na saída de Bouhaddi. A lateral brasileira estava impedida. Aos 48, Debinha fez boa jogada e tocou para Bia Zaneratto na área, que dominou e chutou por cima do gol. Uma grande chance perdida do Brasil, não evitando a prorrogação.
Na primeira etapa da prorrogação, o Brasil perdeu mais uma jogadora por lesão, dessa vez foi a Cristiane. A França pressionava de todas as formas, principalmente com a seleção brasileira exposta com as alterações feitas pelo Vadão. Aos 15 minutos, o Brasil perdeu uma chance que poderia custar a classificação. Debinha foi lançada em velocidade, invadiu a área e tocou na saída de Bouhaddi. A zagueira Mbock Bathy salvou quase na linha.
Na segunda etapa nem deu tempo de se ajeitar e a França saiu na frente novamente, em uma jogada que é o ponto forte da equipe e ponto fraco do time do Vadão, a bola parada. Majri bateu falta na direita, e Henry apareceu livre na pequena área para tocar no contrapé de Barbara, 2 a 1. O gol francês foi um balde de água fria nas brasileiras.