Nessa quinta-feira (27), o Brasil superou o fantasma que assombrava o duelo contra o Paraguai e se classificou para a semifinal da Copa América. A partida, realizada na Arena do Grêmio, foi decidida nos pênaltis, como pedia o enredo, mas dessa vez o final foi diferente, dando a seleção brasileira.
Era a terceira vez, das últimas cinco edições, que Brasil e Paraguai se enfrentavam para decidir o futuro na Copa América. Nas duas anteriores, 2011 e 2015, o duelo foi nas quartas de final com eliminação brasileira em ambas. Para a partida, o xodó da torcida, Everton Cebolinha, continuava como titular. A mudança ficou por conta do meio campo, Casemiro estava fora por causa do segundo amarelo, o substituto de imediato, Fernandinho não conseguiu se recuperar a tempo da lesão e, assim, o escolhido foi Allan.
O curioso é que se a sorte sorriu para o time do Tite na última partida, dessa vez o técnico contou com algumas desventuras. O atacante Richarlison foi cortado após ser diagnosticado com caxumba e por pouco Allan também não fica fora da partida. O volante escorregou na escada e bateu a cabeça, fazendo um corte. Não passou de um susto para o extenuado técnico, que tinha menos três jogadores no banco de reserva.
O time do Paraguai veio um pouco diferente do que se esperava, com Balbuena e Romero no time titular. A equipe paraguaia contava com jogadores conhecidos pelos brasileiros, Gatito Fernández (Botafogo), Gustavo Gómez (Palmeiras) e Derlis Gonzáles (Santos), além de Piris (ex-São Paulo) e Balbuena (ex-Corinthians).
Primeiro tempo
A primeira etapa foi o que se esperava, Brasil pressionando e Paraguai se defendendo. Everton estava muito bem marcado, não criando jogadas. Gabriel Jesus parecia inseguro, demorava para decidir os lances e errava bastante. E mesmo com maior posse de bola brasileira, a grande chance do jogo foi do Paraguai. Aos 28 minutos, Arzamendia cruzou da esquerda, Derlis dominou no lado direito e, livre, chutou forte para o gol, obrigando o goleiro Alisson fazer um milagre.
Segundo Tempo
Na etapa final, o Brasil melhorou. O time voltou para o tão querido 4-1-4-1 do Tite e o meia Arthur teve mais liberdade. O Paraguai não criava jogadas e a retranca aumentou com a expulsão do Balbuena. Aos nove minutos, o arbitro Roberto Vargas marcou pênalti do zagueiro paraguaio sob o Firmino. O VAR entrou em ação e o árbitro retirou o pênalti, marcou falta fora da área e expulsou o Balbuena. Everton Cebolinha cresceu na partida e o número de finalizações aumentou. Mas o Paraguai foi heróico, mesmo com uma substituição surpreendente do Tite, colocou Paquetá no lugar de Daniel Alves.
Classificação
Quis o destino que a decisão fosse nos pênaltis. Na verdade, o destino reservou muitas viradas nas cobranças. Gatito que sempre brilhou em momentos como esse, não defendeu nenhuma batida, já que Firmino bateu para fora. O Paraguai perdeu dois pênaltis, e os dois foram cobrados por atletas que jogam no Brasil, Gustavo Gómez, a primeira cobrança, defendida pelo goleiro Alisson, e Derlis González, a última batida paraguaia, que foi para fora. E Gabriel Jesus, que não marcava há mais 600 minutos pela seleção, perdeu um pênalti no jogo contra o Peru e errou bastante no tempo normal, mandou embora as desventuras vividas pela seleção nesse duelo. Brasil está na semifinal da Copa América.