O homem que foi executado a tiros na frente da esposa e do filho, em Santos, no litoral de São Paulo, usava documentos falsos. Após investigação da Polícia Civil, foi descoberto que Dejan Kovac, como era conhecido no Brasil, na verdade era o sérvio Darko Geisler, procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). O homem era suspeito de ser matador de aluguel.
Os tiros aconteceram na Rua São José, no bairro Embaré, em Santos. O homem chegou a ser resgatado com vida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), porém, a caminho do hospital, sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.
No Brasil, o homem trabalhava com marcenaria e era conhecido por ser uma pessoa tranquila e reservada. Porém, segundo a Polícia Civil, Darko era na verdade, integrante de uma organização criminosa que atuava na Sérvia, e era suspeito de cometer diversos homicídios, além de portar armas e explosivos.
Darko Geisler estava na lista de Difusão Vermelha, também conhecida como ‘red notice’, da Interpol, que permite a prisão da pessoa que está em um país estrangeiro.
Mas como o Darko ficou tanto tempo sendo Dejan Kovac?
Após a execução de Darko, a Polícia Civil passou a ter dúvidas sobre a origem dele. Como o homem tinha um passaporte de nacionalidade eslovena, os gentes entraram em contato com o consulado esloveno no Brasil, onde foi confirmado que não existia ninguém com esse nome no país.
Uma cópia do passaporte utilizado por ele foi enviado ao consulado, onde foi informado pelo órgão que o documento havia sido cancelado, pois tinha sido perdido por um cidadão no ano de 2017.
Foi a partir deste momento que a Polícia Civil concluiu que a vítima executada não era Dejan Kovac, e passou a investigar a verdadeira identidade dele. Após entrar em contato com o Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) e também com a Interpol, foi confirmada a identidade da vítima executada como Darko Geisler.
