A família do segurança Roberto Carlos Freitas, 58 anos, registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil e formalizou uma denúncia pedindo investigação sobre as circunstâncias de sua morte, ocorrida na noite de quarta-feira (3), no Pronto-Socorro Municipal (PSM) Aida Vanzo Dolce, em Araçatuba (SP).
segundo o registro policial, o aposentado deu entrada no PSM por volta das 9h30 de quarta-feira, com falta de ar. Após passar pela triagem, recebeu oxigênio, medicamentos e soro. Também foram feitos exames de sangue e eletroencefalograma. A suspeita dos médicos, segundo a família, era de bronquiolite e o paciente recebeu alta às 18h.
Ao chegar em casa, no bairro Etheocle Turrini, o segurança passou mal e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ele foi levado às pressas por familiares de volta ao PSM, onde chegou por volta das 19h. Precisou ser reanimado e acabou falecendo. A família foi informada da morte às 20h30.
Os familiares também retaram que a Guarda Civil Municipal foi acionada por profissionais do PSM e eles foram impedidos de entrar na unidade. “Essa ação foi uma grave violência institucional, com desrespeito à dor da família e falta de acolhimento humanizado”, afirmou a cunhada da vítima, a aposentada Bety Costa.
Além do boletim de ocorrência, a família redigiu uma denúncia formal que será encaminhada ao secretário municipal de Saúde, Daniel Martins Ferreira Júnior, ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e ao Ministério Público Estadual, para que sejam apuradas as circunstâncias da morte do segurança.
Outro lado
A Secretaria Municipal de Saúde informou que tem conhecimento do caso e que os procedimentos do atendimento ao segurança serão analisados. Por meio da assessoria de imprensa, foi informado também que a Prefeitura irá se posicionar a respeito após a análise dos fatos.
O corpo de Roberto Carlos Freitas está sendo velado na capela de uma funerária da cidade e será sepultado às 17h desta quinta-feira (4), no Cemitério Municipal Recanto de Paz, no bairro Rosele.



