Após aval da diretoria, a Federação das Indústrias do Estado de SP vai participar do movimento em defesa da democracia e da Justiça Eleitoral. A ação é organizada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, anunciou que participará da divulgação do ato, que será realizado no dia 11 de agosto, pela defesa do Tribunal Superior Eleitoral e do resultado das eleições deste ano. Lembrando que o texto que a Fiesp pretende assinar não é a mesma carta aos brasileiros que circula entre juristas e teve adesão de banqueiros e empresários nos últimos dias.
BANQUEIROS – Banqueiros e empresários de peso da economia brasileira resolveram aderir ao manifesto organizado pela USP em defesa da Democracia e formularam uma carta. O documento deixa claro que se trata de uma resposta à retórica golpista do presidente da República e à ofensiva do Planalto contra o sistema eleitoral do país. Segundo a carta, ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o Estado Democrático de Direito. O manifesto já recolheu cerca de 3 mil assinaturas. Ele foi elaborado após Bolsonaro usar a convenção do seu partido para convocar um novo ato no 7 de Setembro com o objetivo de insuflar sua base radical e tentar intimidar o Supremo Tribunal Federal.
MINISTRO REBATE – Em uma publicação no Twitter, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, insinuou que a reação dos banqueiros contra o presidente Jair Bolsonaro ocorre após as instituições terem perdido cerca de 40 bilhões de reais com a chegada e o sucesso do Pix. Ciro Nogueira ainda afirmou que hoje os banqueiros podem assinar cartas, inclusive contra o presidente, ao invés de se calarem, porque, com o atual governo, o Brasil passou a ter um Banco Central independente, ao contrário de outros governos, onde, segundo Ciro, a instituição podia ser (abre aspas): “o chicote ou o bombom dos governos para os banqueiros”..
SETE DE SETEMBRO – O procurador-geral da República, Augusto Aras, divulgou ontem, em seu canal pessoal no YouTube, um vídeo com o trecho de uma reunião que teve, em 12 de julho, com parlamentares da oposição. Na reunião, em que foi discutido o aumento da violência política no Brasil, o chefe do Ministério Público Federal afirmou que o órgão está atento para a possibilidade de manifestações violentas no próximo 7 de setembro e citou o ocorrido na mesma data em 2021. Lembrando que, na semana passada, três dias após os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral em reunião com embaixadores, Augusto Aras publicou um outro vídeo de uma reunião, de 11 de julho, em que defende o sistema eleitoral. A postagem, contudo, não fez qualquer referência ao presidente.
Da Redação, com informações do Estadão Conteúdo