O Orçamento apresentado pelo governo federal para 2023 prevê a extinção de praticamente todos os programas de assistência alimentar. Ações importantes tiveram ajustes e cortes que variam de 95% a 97% na verba prevista para o próximo ano, como o Alimenta Brasil.
Para aumentar as verbas para esses programas, será necessário o interesse de repasse de parlamentares por meio de emendas ou de negociação antes da votação do Orçamento, que normalmente ocorre em dezembro.
Inicialmente, os atingidos são principalmente os pequenos agricultores e as comunidades tradicionais, como quilombolas. O programa de cisternas, que permite acesso à água para consumo humano e produção de alimentos, está paralisado desde 2021 e segue sem previsão de verbas para 2023. Com a diminuição dos repasses, esses grupos deixam de ter renda e de aumentar a integração de suas produções, diminuindo a oferta nutricional do que conseguem consumir.
A verba destinada para o Alimenta Brasil foi reduzida em 97%, para R$ 2,6 milhões. Em 2010, recebeu R$ 622 milhões, mas tem sofrido cortes nos últimos anos. Apesar do corte, Bolsonaro disse no horário eleitoral gratuito que o Alimenta Brasil é uma das prioridades do seu governo, caso reeleito.