O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (20) a liberação de R$ 2 bilhões para entidades filantrópicas que prestam serviço para o Sistema Único de Saúde.
O anúncio foi feito durante cerimônia no Palácio do Planalto, com as presenças do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin. O mandatário não discursou no evento.
Também participaram os ministros Nísia Trindade (Saúde), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Márcio Macêdo (Secretaria-geral da Presidência), além do presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo.
Os recursos que serão repassados buscam atender 3.288 entidades filantrópicas que prestam serviços de saúde para o SUS.
A pasta defende que o setor é bastante relevante para o SUS, correspondendo por mais de 60% das internações e procedimentos de alta e média complexidade médica.
A ministra Nísia Trindade afirmou ainda que o recurso liberado não é suficiente, e que o governo deve discutir medidas de apoio às instituições filantrópicas.
“Temos consciência que esses recursos não são suficientes. Sabemos que esses R$ 2 bi, fundamentais, mas insuficientes, terão de ser complementados com outras medidas”, afirmou a ministra durante o evento
“Precisaremos lidar e apoiar medidas de curto e médio prazo, também em relação ao endividamento do setor”, completou. Ela ainda pediu ajuda de Lula para discutir o apoio da Caixa ao setor.
Nísia também citou a possibilidade de apoiar mudanças na legislação voltadas às instituições filantrópicas, além de tratar do setor dentro a reforma tributária.
Após o evento, a titular da Saúde explicou a divisão dos recursos, afirmando que houve um complemento em relação ao que já havia sido repassado.
“O que fizemos foi completar em uma parcela única de R$ 1,5 bilhão, dentro de todo um plano de trabalho com o setor filantrópico, que está atuando no nosso programa de redução de filas, programa anunciado no fim de janeiro e que agora estamos dando um fôlego para o setor de maneira que possa atender seus objetivos”, afirmou a jornalistas.
RENATO MACHADO E MATEUS VARGAS / Folhapress