Ícone da nouvelle vague, ator Jean-Pierre Léaud busca fundos para se sustentar

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ator francês Jean-Pierre Léaud, famoso por trabalhar em clássicos do cinema francês como “Os Inocentes” e “A Chinesa”, está passando por problemas financeiros e de saúde. Os parentes e amigos do artista abriram uma campanha de arrecadação na plataforma Leetchi e afirmam que ele estaria em um momento difícil.

“Apesar de uma carreira excepcional, Jean-Pierre atravessa um momento difícil em nível moral, físico e material”, diz a página dedicada ao ator no site. “Seu amigo Serge Toubiana, testemunha dessa situação preocupante, acaba de mobilizar diversos contatos no meio do cinema e apelar à sua generosidade.”

Embora a campanha não dê detalhes, Toubiana, presidente da Unifrance e ex-diretor da Cinemateca francesa, disse à imprensa francesa que Léaud teria lhe enviado diversas mensagens preocupantes durante a última edição do Festival de Cannes, em maio. Segundo ele, o ator não estaria conseguindo mais se levantar.

Toubiana ainda afirma que o ator teria jogado muitos jogos de azar na juventude, o que o levou a perder o dinheiro que acumulou ao longo da carreira.

A campanha no Leetchi já bateu a meta de EUR 15 mil -ou R$ 78 mil- estipulada pelos amigos de Léaud.

Jean-Pierre Léaud é um astro de longa data do cinema francês. Revelado ainda na infância, atuando aos 14 anos em “Os Inocentes”, dirigido por François Truffaut em 1959, e retornando ao protagonista Antoine em outros projetos do cineasta.

O ator trabalhou ainda em filmes de Jean-Luc Godard, como “A Chinesa”, “Alphaville” e “O Demônio das Onze Horas”, e outros diretores da nouvelle vague, como Jean Eaustache, com “A Mãe e a Puta”, Jacques Rivette, em “Out 1”, e “Jean Cocteau”, com “O Testamento de Orfeu”.

Ao longo das décadas, o artista apareceria ainda em filmes como “Irma Vep”, de Olivier Assayas; “O Último Tango em Paris”, de Bernardo Bertolucci; e “O Leão de Sete Cabeças”, de Glauber Rocha. Entre seus trabalhos mais recentes no cinema, destaca-se “A Morte de Luís 14”, de Albert Serra, em que vive o monarca francês do título.

Em 2016, ele recebeu uma Palma de Ouro honorária no Festival de Cannes.

Redação / Folhapress

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