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Justiça italiana adia novamente julgamento para extradição de Zambelli

A Corte de Apelação de Roma atendeu a pedido da defesa da ex-congressista, que solicitou mais tempo para analisar documentação enviada pelo Brasil

Carla Zambelli | Foto: Lula Marques/EBC
Carla Zambelli | Foto: Lula Marques/EBC

A Justiça italiana adiou novamente nesta quinta (18) o julgamento do processo de extradição da ex-deputada Carla Zambelli (PL-SP), que está presa no país há quase cinco meses.

A Corte de Apelação de Roma atendeu a pedido da defesa da ex-congressista, que solicitou mais tempo para analisar documentação enviada pelo Brasil para a Itália sobre o local e as condições da prisão que vai receber Zambelli caso ela seja extraditada.

Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), indicou em despacho que Zambelli deverá cumprir pena na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, de segurança média.

A próxima audiência foi marcada para 20 de janeiro. No julgamento, o tribunal vai decidir se há condições para que seja atendido o pedido da Justiça brasileira para que a ex-congressista seja enviada para o Brasil.

Após essa fase, da qual sairá a primeira decisão sobre a extradição, as partes poderão recorrer. A expectativa é que todo o processo de extradição seja concluído no primeiro semestre de 2026.

Zambelli participou pessoalmente da audiência. Ela está detida desde o fim de julho no complexo penitenciário de Rebibbia, na capital italiana, depois de ficar dois meses foragida. A ex-deputada se diz vítima de perseguição política pelo STF.

O Ministério Público já se declarou favorável à extradição, como pede o Brasil, em documento enviado ao tribunal em outubro.

Segundo a Folha apurou, a defesa pediu nesta quinta que Zambelli passe para a prisão domiciliar, em endereço italiano, para comemorar o Natal. A corte vai analisar e deverá emitir sua decisão nos próximos dias.

Esta é a terceira vez que o julgamento, inicialmente marcado para o fim de novembro, foi adiado. Primeiro, devido à adesão da defesa da ex-congressista a uma greve de advogados e, depois, porque o tribunal pediu tempo para decidir se novos documentos apresentados pelos advogados de Zambelli poderiam entrar no processo como provas.

O advogado italiano Alessandro Gentiloni, que representa o Brasil por meio da AGU (Advocacia-Geral da União), havia se oposto à inclusão dos documentos, alegando que não cumpriam normas de prazo e de formatos.

Entre o último adiamento e a audiência desta quinta, o caso da ex-deputada ganhou novos capítulos no Brasil. Zambelli foi poupada da cassação pelo plenário da Câmara no dia 11, o que contrariou determinação do STF, que, por isso, derrubou a decisão. Três dias depois, no domingo (14), ela renunciou ao mandato.

Zambelli fugiu do país em junho para escapar da pena de dez anos de prisão referente à invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e à emissão de um mandado falso de prisão contra Moraes. Quando já estava na Itália, foi condenada a outros cinco anos por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Os dois casos compõem um único processo de extradição.

Antes de chegar à Itália, após passagem por Argentina e Estados Unidos, Zambelli, que tem dupla cidadania, disse que o passaporte italiano a tornaria “intocável” e impediria que ela fosse mandada de volta ao país.

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