Bruno Cabrerizo expõe proposta indecente quando jogava

SÂO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O ator Bruno Cabrerizo, 43, relembrou as propostas indecentes para mudarem os placares das partidas de futebol na época em que era jogador profissional.

Cabrerizo, que atuou em times do Brasil e do Japão, disse que as notícias recentes sobre supostas manipulações em jogos da Série A do Campeonato Brasileiro não são um fato novo. Conforme o artista, em sua época de atleta, no começo dos anos 2000, isso já era comum. As declarações foram dadas no podcast Papagaio Falante.

Ele relembrou quando atuava por um time da Série B do Campeonato Carioca, e disse já existir “jogos comprados” naquele período, com empresários que pagavam aos juízes para “favorecer outro time contra a gente” — na ocasião, em 2001, ele defendia o CFZ, clube do ex-jogador Zico.

“Futebol é muito sujo, tinha jogo comprado, tinha empresário que tinha dado qualquer [dinheiro] pro juiz favorecer o outro time contra a gente”, declarou.

O artista destacou que, devido a essas manipulações e compra de juízes, Zico precisou recorrer em uma partida contra a Portuguesa da Ilha para que o juiz Leo Feldman, da Série A, fosse apitar a partida da Série B “porque sabia que os outros juízes já viriam comprados”.

O ator também lembrou uma ligação que recebeu com a proposta indecente para tentar convencer um colega de time a favorecer o adversário. Isso teria acontecido no Campeonato Brasiliense, quando ele também jogava no CFZ. O famoso ressaltou que não chegou a ouvir qual era proposta financeira porque desligou o telefone.

“Tem muita coisa suja por trás. É um negócio muito sujo, muitas vezes não é leal, eu quando jogava bola, já era profissional, recebi ligações… Isso que está acontecendo agora, eu recebi ligação pra num jogo, num clássico, futebol brasiliense, clássico em Brasília, pra eu falar com alguém do meu time pra favorecer o time adversário de alguma maneira, não foi dito como, de que forma, eu fiquei chocado com aquilo”, completou.

Bruno Cabrerizo ressaltou que essa prática criminosa não é exclusiva do Brasil, mas ponderou que ao ver de perto essas manipulações e sujeiras, perdeu parte da paixão que tinha pelo futebol. “Futebol é muito emocionante, é muito legal, mas depois que eu comecei a jogar, deixei de torcer”.

Redação / Folhapress

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