SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Tribunal de Justiça de São Paulo voltou a decretar a falência da Livraria Cultura ao derrubar a liminar requerida pela empresa para reconsiderar o processo.
O desembargador J.B. Franco de Godoi negou o recurso da empresa se baseando no “global inadimplemento do plano de recuperação” da livraria, ou seja, no argumento de que não foram cumpridas as obrigações impostas pelo processo judicial sem justificativa plausível.
Segundo o magistrado, a Cultura deixou de pagar seus credores trabalhistas e financeiros e seus locatários, conforme já constava da decisão que havia decretado a falência, em fevereiro, do juiz Ralpho Waldo de Barros Monteiro.
Ainda cabe recurso da empresa a tribunais superiores.
A sede do espaço, que fica no Conjunto Nacional na avenida Paulista, está ameaçada de despejo, mas a vereadora Luna Zarattini, do PT, entrou com pedido de tombamento do espaço, ao qual o Ministério Público se manifestou favorável.
A Cultura havia feito o pedido de recuperação judicial em 2018, quando declarou ter R$ 285,4 milhões em dívidas.
WALTER PORTO / Folhapress