SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Não são poucos os mistérios e as tragédias que envolvem o elenco e os bastidores de “Glee”, uma das séries de maior sucesso da TV contemporânea, exibida em mais de 60 países entre 2009 e 2015. Além da morte de três integrantes, teorias obscuras sobre a personalidade dos atores fizeram parte do noticiário da atração, que por várias vezes saltou das páginas de entretenimento para a cobertura policial.
Mas o que houve? A série documental “Glee: O Preço da Fama” tenta desvendar essa intrincada rede de acontecimentos sinistros em três episódios lançados nesta sexta-feira (18), simultaneamente na HBO Max e no discovery+. O canal pago ID também exibe o primeiro capítulo nesta sexta, às 20h30.
Lançado em janeiro nos EUA, o documentário é recheado de entrevistas com parentes e amigos de atores e profissionais ligados à produção. Pessoas próximas a Cory Monteith (Finn Hudson, na série), Mark Salling (Puck) e Naya Rivera (Santana) -trio que morreu em circunstâncias trágicas- também concedem depoimentos ao especial.
“Ao mesmo tempo que homenageia uma série que marcou a cultura pop e fez um sucesso sem precedentes, ‘Glee: O Preço da Fama’ apresenta, sob uma nova perspectiva, as tragédias terríveis que aconteceram com alguns de seus integrantes”, anuncia Jason Sarlanis, presidente de conteúdo investigativo e de crimes reais para TV linear e streaming da HBO Max.
REVELAÇÕES
Um dos trechos mais impactantes é o que traz novos dados e depoimentos sobre a morte de Monteith, aos 31 anos, por overdose. Ele teve seu corpo encontrado em 2013, em um hotel do Canadá, e a série volta no tempo para mostrar que os problemas do ator com bebida e drogas começaram ainda na adolescência. Segundo um de seus amigos, mais precisamente quando ele tinha 13 anos, logo depois do divórcio dos pais.
Em outro trecho, o programa revela que “Glee” teve outras despedidas na parte técnica, além do trio de atores conhecidos. A lista de mortes e acontecimentos sombrios inclui ainda um assistente de direção, que sofreu uma parada cardíaca; uma assistente de produção, que cometeu suicídio; e um dublê de Matthew Morrison, que morreu em um incêndio. Esses dados são fornecidos pelo dublê de Naya Rivera, Jodi Tanaka, em um depoimento.
A história de Rivera, que morreu por afogamento acidental em um lago e teve o corpo encontrado exatos sete anos após a morte de Monteith, também ganha atenção especial. A mãe da atriz faz uma homenagem, enquanto o pai relembra, emocionado, a última vez que conversou com a intérprete de Santana. “Eu estava no FaceTime com ela tentando convencê-la de que não é fácil ancorar o barco, são muitas armadilhas”, recorda o pai, em um dos depoimentos.
JÚLIO BOLL / Folhapress