Mãe e padrasto são condenados a 27 anos de prisão por morte de bebê que foi asfixiada

Tribunal de Justiça de São Paulo, onde ocorreu o julgamento.

O padrasto suspeito de ter matado a enteada de um ano, em Peruíbe, no litoral de São Paulo, foi condenado a mais de 27 anos de prisão, em regime fechado. A mãe da criança, também foi condenada pelo mesmo tempo de prisão de que seu companheiro. Os suspeitos passaram por júri popular, que aceitaram as acusações impostas aos dois, até então, suspeitos pelo crime.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o caso aconteceu em dezembro de 2021, quando a mãe deixou a menina aos cuidados do companheiro, que mesmo com a presença do irmão mais velho da vítima, asfixiou a criança. Após o crime, o homem ainda a levou até uma unidade de saúde alegando que o bebê havia se engasgado.

De acordo com o TJ-SP, o Conselho de Sentença reconheceu a autoria do crime de homicídio. Com isso, o juiz Guilherme Pinho Ribeiro, que presidiu o júri na quarta (17) e quinta-feira (18), informou que foram reconhecidas quatro qualificadoras: vítima menor de 14 anos; feminicídio; utilização de meio que dificultou a defesa da vítima e emprego de asfixia e tortura.

Ainda na decisão, o magistrado ressaltou um dos agravantes, quando o homem alegou sido um acidente. O juiz ainda informou que a mãe tem participação no homicídio, pois “saiu de casa, fingindo aos vizinhos que buscava emprego e alimentos, enquanto sua filha jazia, muito provavelmente, morta”.

Relembre o caso

O crime aconteceu no dia 21 de dezembro de 2021, em uma casa na Rua da Lontra, no bairro Bananal, área rural de Peruíbe. O padrasto, que na época tinha tinha 24 anos, e a pedido da companheira e mãe da criança, ficou em casa sob responsabilidade da menor enquanto ela estivesse fora.

Após o crime, o homem correu por alguns quilômetros com a criança nos braços até a casa de conhecidos. Os vizinhos tentaram reanimar a criança, mas não conseguiram e acionaram o resgate, sem sucesso, pois não havia sinal de telefone.

Após isso, eles levaram a bebê de carro até a Unidade Básica de Saúde do bairro Vila Peruíbe, em um percurso de mais ou menos 8 km. Chegando na UBS, Samu pegou a menina e encaminhou para a Unidade de Pronto Atendimento da cidade.

No local, os médicos viram que a criança tinha vários hematomas pelo corpo, principalmente nas costas, e acionaram a polícia. Após a chegada dos agentes da lei, eles questionaram o padrasto, que alegou que a menina teria engasgado e caído da cama.

O homem e a mãe da menina foram levados ao 1º DP para prestar esclarecimentos. O padrasto negou ter agredido a criança, e reafirmou que ela teria se machucado ao cair da cama. Já a mãe afirmou que as lesões ocorreram há alguns dias, quando a criança caiu do carrinho de bebê.

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