O CEO da rede de lojas Marisa, João Pinheiro Nogueira Batista, anunciou que a empresa vai fechar 91 unidades, em um processo que deve custar cerca de R$ 62 milhões.
Entre março e abril deste ano, a varejista fechou 25 lojas. Em maio, serão encerradas mais 33 unidades e, em junho, outros 33 estabelecimentos também fecharão as portas.
Em comunicado, a empresa justificou o fechamento das lojas ao fato de essas unidades serem “deficitárias por definição”, além do processo de reestruturação da marca. Com as medidas, a empresa avalia que terá um incremento de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de quase R$ 70 milhões por ano.
O plano de recuperação do grupo inclui ainda redução de despesas no total de R$ 52 milhões, sendo R$ 32 milhões de uma revisão interna, R$ 9 milhões de cargos de gestão e R$ 10,5 milhões de revisão de atividades.
No começo do ano, a Marisa já havia dado início ao processo de reestruturação, quando tinha uma dívida de cerca de R$ 600 milhões.
Agora, a rede comunicou que o processo de renegociação de dívidas com fornecedores e proprietários de imóveis, marcado por forte parceria, já atingiu a expressiva marca de aproximadamente 90% dos fornecedores e 65% dos proprietários de imóveis.
No primeiro trimestre de 2023, a Marisa registrou perda líquida de R$ 149 milhões, alta de 64,2% em comparação ao mesmo período em 2022. Mesmo assim, a empresa teve receita líquida positiva em comparação ao ano passado, com o faturamento de R$ 440,5 milhões.
Redação / Folhapress