O gigante americano McDonald’s anunciou sua saída da Rússia três décadas após entrar no país como um símbolo do capitalismo nos escombros da União Soviética – em reação à invasão russa à Ucrânia. Nesta segunda-feira, 16, a empresa anunciou que iniciará o processo de saída com a venda dos negócios locais.
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“O McDonald’s e a Rússia estão tão entrelaçados que parece difícil imaginar um sem o outro. No entanto, infelizmente, chegamos a esse ponto”, lamentou o diretor geral do grupo, Chris Kempczinski.
O MdDonald’s espera incorrer em encargo entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,4 bilhão com os planos de desinvestimento. A rede americana venderá todas as filiais russas de seus restaurantes a um comprador local, embora pretenda manter a posse da marca comercial no país.
Com isso, os restaurantes que serão comprados não poderão usar o nome, o logotipo, a marca ou oferecer produtos da McDonald’s Corporation.
Atualmente, a empresa é gestora direta de 80% dos restaurantes que levam seu nome na Rússia. O McDonald’s se comprometeu a continuar pagando os 62 mil empregados até o fim da eventual transação e a prioridade é que eles consigam posições no futuro, de acordo com nota da empresa.
Decisão imediata
Em março, poucas semanas após o início da guerra do presidente Vladimir Putin na Ucrânia, o McDonald’s fechou temporariamente as 850 lojas na Rússia.
A decisão acompanhou um êxodo de empresas ocidentais do país, à medida que Estados Unidos e aliados adotaram uma série de sanções contra Moscou.