Confira os exames que permitem o diagnóstico da metástase, os sintomas de alerta e as opções de procedimento para controlar o avanço do câncer.
Metástases podem se desenvolver em diferentes partes do corpo. No entanto, a abordagem para investigação e diagnóstico variam conforme o tipo de câncer em questão. Detectar a metástase em estágios iniciais é crucial para elaborar um plano de tratamento eficaz e aumentar as perspectivas de recuperação.
De acordo com a última Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil, realizada pelo INCA, os tipos de câncer mais incidentes são câncer de pele não melanoma, mama feminina, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago. Cada um desses tipos de câncer tem características únicas e padrões específicos de metástase.
Com os progressos recentes na área das terapias contra o câncer, muitos pacientes conseguem manter a doença sob controle, ao mesmo tempo em que preservam a qualidade de vida.
Como o câncer se espalha?
Segundo o Ministério da Saúde, a metástase ocorre quando células cancerosas desprendem-se do tumor original, entram na circulação sanguínea ou linfática e se espalham para outras partes do corpo. Essas células se alojam em tecidos e órgãos distantes, formando novos tumores. Em essência, a metástase indica que o câncer se espalhou.
Cada tipo de câncer possui características distintas que influenciam onde as metástases podem ocorrer. Por exemplo, no câncer de pulmão, os locais mais frequentemente afetados são os linfonodos, o próprio pulmão, as glândulas suprarrenais, o fígado, os ossos e o cérebro. No caso do câncer de estômago e do intestino, os linfonodos, o fígado e o peritônio são os principais locais de metástase.
Sintomas de metástase
Segundo a Oncologia D’Or, os sintomas do câncer de pulmão – como tosse que nunca melhora ou piora com o tempo, dificuldade para respirar devido à obstrução das vias respiratórias, dor no peito e infecções respiratórias recorrentes – podem se tornar mais intensos quando o tumor atinge o outro pulmão.
Esse é um dos tipos de câncer cuja metástase pode atingir o fígado. Especialmente em seus estágios iniciais, o câncer de fígado pode não apresentar sintomas específicos, mas traz como sinal de alerta a perda de peso significativa sem uma mudança óbvia na dieta ou nos hábitos de exercício, sensação persistente de cansaço ou fraqueza e perda de apetite.
Quando o órgão acometido é a próstata, os gânglios linfáticos e os ossos têm maior chance de metástase. Um dos mitos sobre o câncer de próstata é que essa é sempre uma doença de progressão lenta e não é fatal. Na verdade, muitos casos são de crescimento lento, mas alguns podem ser agressivos e se espalhar rapidamente. E sim: o câncer de próstata pode ser fatal, especialmente se diagnosticado em estágios avançados ou se tiver metástase.
Diagnóstico envolve equipe médica multidisciplinar
O diagnóstico de metástase envolve uma variedade de técnicas para revelar a presença de tumores secundários em órgãos distantes do tumor primário. Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e/ou PET-CT são as opções mais utilizadas atualmente.
Biópsias de tecido também podem ser realizadas para confirmar a presença de células cancerígenas e determinar sua origem. Os sintomas de metástase variam dependendo do local para onde o câncer se espalhou.
A detecção precoce e o controle de fatores de risco podem impedir o desenvolvimento do câncer ou identificar a doença em estágios iniciais, quando ainda é tratável e tem menores chances de metástase. A prevenção do câncer de cólon e reto, por exemplo, inclui exames como a colonoscopia, que detecta pólipos e câncer em estágio inicial, testes de sangue oculto nas fezes (FOBT) e testes de DNA.
O diagnóstico preciso de metástase é fundamental para determinar o plano de tratamento mais adequado e oferecer ao paciente as melhores opções de cuidados médicos.
Tratamento da metástase depende do tipo de câncer
O tratamento da metástase pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e terapias direcionadas. Essas escolhas terapêuticas são baseadas no tipo específico de câncer primário, marcadores moleculares, características anatômicas e funcionais dos órgãos afetados, sendo fundamentais para determinar a melhor abordagem, caso a caso.
O objetivo do tratamento é controlar o crescimento do câncer, aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Seguir o plano de tratamento definido pelo oncologista é essencial, seja para a doença metastática ou não metastática. O tratamento recomendado por um especialista, que leva em conta todas as nuances da condição, resulta em melhores resultados para o paciente.
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