Vacina da gripe: Ministério da Saúde libera vacinação para população com mais de 6 meses

São Paulo, 23 de abril de 2007 Campanha de vacinação do idoso contra a gripe. foto Milton Michida.

O Ministério da Saúde autorizou a liberação da vacina contra a gripe para todos os brasileiros com mais de seis meses de idade. A medida vale a partir da próxima segunda-feira (15).

A pasta recomenda que estados e municípios utilizem os estoques disponíveis para atender as demandas de cada região.

A campanha teve início em 10 de abril em todo o país e foi direcionada, em um primeiro momento, para grupos prioritários, como idosos, gestantes e profissionais da saúde.

Pacientes são vacinados contra Covid-19 e Influenza na UBS Jardim Edite, na zona sul de São Paulo Agora, a pasta ampliou a campanha para maiores de seis meses, público para o qual a vacina é recomendada.

O imunizante adotado na rede pública é trivalente. O vírus que causa a gripe é o Influenza, sendo os tipos A e B os mais comuns entre os humanos. No caso do A, as linhagens H1N1 e H3N2 são as principais causadoras da doença. Por isso as vacinas contra gripe disponibilizadas no SUS contêm as duas cepas em sua formulação.

Além delas, uma terceira linhagem compõe a vacina. Neste caso é do tipo B, dividido em Yamagata e Victoria -esta última é a que foi utilizada na vacina de 2023.

A rede privada, por sua vez, adota a vacina quadrivalente, que conta com uma segunda linhagem do tipo B -no caso, a Yamagata.

Em nota técnica, a Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações) recomenda o cidadão a optar, de forma preferencial, pela vacina quadrivalente por ter um nível de proteção a mais. A imunização com a dose trivalente, contudo, é de suma importância nos casos em que não é possível se vacinar com o modelo de quatro cepas.

Com a a proximidade da chegada do inverno, quando os casos de infecções respiratórias tendem a aumentar, a vacinação se faz necessária, independentemente do tipo do imunizante.

“Na indisponibilidade do produto [vacina quadrivalente], a trivalente deve ser utilizada de maneira rotineira, especialmente nos grupos de maior risco, para o desenvolvimento de formas graves”, diz a Sbim, na nota.

SAMUEL FERNANDES / Folhapress

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