Depois do desgaste com o escândalo dos pastores que negociavam propina de prefeitos em troca de liberar recursos do Ministério da Educação, o ministro Milton Ribeiro colocou o cargo à disposição. Ribeiro comunicou nesta manhã o presidente Jair Bolsonaro, que deve decidir se o ministro fica ou deixa a pasta. A ideia de Ribeiro é sair do governo sem causar constrangimentos.
Um áudio revelado na semana passada pelo jornal ‘Folha de S. Paulo’ mostra Milton Ribeiro em uma reunião de prefeitos, dizendo que, a pedido de Bolsonaro, repassava verbas do ministério a municípios escolhidos por pastores.
De acordo com a denúncia, o ministro recebia prefeitos a pedido dos pastores no próprio gabinete e participava de eventos organizados por eles.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o pastor Arilton Moura pedia dinheiro e barra de ouro como propina de prefeitos. Já o ministro teria recebido um bracelete de ouro durante um jantar em Brasília que tratava justamente de liberação de verbas do MEC.
A decisão sobre a saída de Milton Ribeiro do ministério pode acontecer ainda nesta segunda-feira (28).
O secretário-executivo, Victor Godoy Veiga deve assumir interinamente a pasta.