Morre Helena de Grammont, jornalista que buscou justiça após morte de irmã

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Morreu nesta quinta-feira (27) a jornalista Helena de Grammont, aos 74 anos, em São Paulo. A sobrinha da repórter, Liliane de Grammont, divulgou a morte no Instagram.

“Heleninha”, como era chamada pelos colegas, iniciou nos anos 1970 uma trajetória de mais de uma década na Globo, canal de TV em que atuou em coberturas relevantes para a sociedade brasileira, como o aliciamento de menores de idade à seita do reverendo Moon, no Fantástico, e o desaparecimento de Marco Aurélio, um caso até hoje não resolvido.

A repórter nasceu em Botucatu, no interior de São Paulo. Após trabalhar como bancária, ela se mudou para a capital, onde se formou em jornalismo e começou a trabalhar na área, assim como o irmão, Paulo de Grammont, que foi editor da Globo. Aos 58 anos, a jornalista se afastou da profissão após ser diagnosticada com Alzheimer.

Heleninha liderou um movimento por justiça no caso do feminicídio de sua irmã, a cantora Eliane de Grammont, ocorrida em 1981. Eliane, aos 26 anos, foi assassinada a tiros pelo ex-marido, o cantor Lindomar Castilho, conhecido pela música “Você É Doida Demais”, bolero que foi tema de abertura da série de TV “Os Normais”.

A jornalista organizou passeatas reivindicando justiça no caso, o que culminou na prisão de Castilho. O caso, hoje, é conhecido por ter ampliado a discussão sobre violência contra a mulher no Brasil.

Grammont deixa três filhos. Ela foi casada duas vezes, uma com o jornalista Odair Redondo e outra com o comentarista esportivo Juarez Soares.

Redação / Folhapress

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