Um motoboy da cidade de Taquaritinga, compareceu no domingo (23) no Plantão de Polícia, para elaborar um boletim de ocorrência contra duas jovens que, na noite de sábado (22), por volta das 23 horas, pediram um lanche na empresa onde ele trabalha. Ao fazer a entrega, elas foram ríspidas com ele, alegando que havia erro na nota apresentada. O entregador mostrou que havia duas notas e que, somadas, davam o valor tratado.
Depois da entrega, insatisfeitas, as duas jovens usaram as redes sociais para agredir o entregador, chamando-o de “macaco”, “preto fedido” e “ filho d….”
A agressão chocou a cidade e a postagem foi ganhando visualizações entre os moradores de Taquaritinga. A lanchonete em que ele trabalha divulgou uma nota dizendo: “A La Brasa Burger Taquaritinga vem através dessa nota manifestar nosso total repúdio ao vídeo que está sendo circulado nas redes sociais onde o motoqueiro que presta serviço de entrega para a empresa sofre ataques racistas. Informamos também que estamos prestando total apoio ao trabalhador que no momento se encontra extremamente magoado e triste com o acontecido”.
Outros motoboys da cidade organizaram um protesto e foram em motociata até a porta das casas das duas jovens, promovendo um buzinaço e mostrando faixas, condenando a ação das moças. O protesto ganhou vida por outras ruas da cidade.
Uma das moças acusadas, voltou às redes sociais para pedir desculpas pelo ato e publicou: “a gente sabe que a gente falou não tem desculpa pro moço nessa hora, a gente estava no calor do momento que independente se errou o valor ou não, o valor é insignificante, ele estava trabalhando pra dar sustento pra família dele”.
O caso agora está nas mãos da justiça que deverá ouvir as moças e tomar a decisão cabível. É bom lembrar que racismo é crime inafiançável e imprescritível, cuja pena pode variar de dois a cinco anos de prisão.
Texto fonte: o Defensor/Taquaritinga