Novo ‘Zelda’, ‘Tears of the Kingdom’ dá liberdade sem precedente ao jogador

NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) – “The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom” promete algo que parecia impossível: superar seu antecessor, “Breath of the Wild” e dar ainda mais liberdade de exploração para os jogadores. Ao que tudo indica, a promessa será cumprida.

A Folha esteve em Nova York para testar o próximo game do herói Link para o Switch. Durante cerca de uma hora de jogo, foi possível experimentar as novas mecânicas, construir algumas geringonças, explorar as ilhas flutuantes no sul de Hyrule e até enfrentar o minichefe da região.

A principal novidade é a capacidade do protagonista Link construir veículos para se deslocar pelo mapa e resolver quebra-cabeças. Com a habilidade “Ultrahand”, é possível agarrar praticamente qualquer objeto do jogo e juntar com outros, formando máquinas para todos os gostos e usos.

Além de materiais mais simples como tábuas, troncos de árvore e pedras, o jogador tem à disposição uma série de objetos especiais, chamados no jogo de “dispositivos Zonai”, que podem ser usados para mover, controlar ou dar novas funções para as construções.

Junte alguns ventiladores Zonai a uma tábua e crie um flutuador. Com mais um balão e uma fonte de fogo, o jogador tem uma máquina voadora. Para um empurrão extra, é possível até acoplar um foguete à criação e chegar às nuvens mais rápido que a Starship de Elon Musk -sem explodir no caminho.

A novidade não está limitada a uma área específica ou à oferta de peças em determinada região. Esses dispositivos Zonai podem ser carregados no inventário e utilizados quando o jogador bem entender, o que cria uma quantidade infinita de opções para Link superar qualquer obstáculo.

Ainda que as máquinas criadas pelo jogador sejam complexas, o processo de montagem e operação delas é bem simples, com um mecanismo para facilitar a reconstrução. Mesmo pessoas sem experiência serão capazes de construir equipamentos úteis e operacionais em poucos minutos.

Além disso, apesar de a física do jogo ser importante para o comportamento dos objetos, ela é simplificada o bastante para que a experiência de criá-los seja mais intuitiva e menos frustrante do que poderia ser na realidade.

Dois ventiladores e uma prancha planadora são suficientes para criar um pequeno avião, por exemplo. Ainda assim, a posição do jogador em cima da prancha muda o centro de gravidade e funciona como uma forma de controlar o equipamento.

Para os momentos em que enfrentar inimigos for inevitável, a habilidade “Fuse” -que permite fundir objetos a flechas, armas e escudos- também amplia a gama de estratégias. São dezenas de combinações inusitadas que podem mudar significativamente a utilidade do arsenal de Link.

Durante o teste, só foi possível experimentar algumas poucas combinações, mas que já serviram como exemplo da diversidade de opções que os jogadores terão. Quase todas as fusões dão algum tipo de melhoria ao equipamento, desde um pequeno incremento no poder de ataque e durabilidade até a capacidade de aplicar danos elementais, como fogo, gelo ou eletricidade.

Mas não para por aí. Ao acoplar um foguete ao escudo, o jogador será disparado para o alto. Ligar um dispositivo Zonai que cospe fogo a uma flecha resultará em um disparo incendiário, que queima tudo pelo caminho. Ao unir uma fruta de fogo a um graveto, surge um acendedor automático. E se colar um legume ao escudo… Terá um escudo para gostos duvidosos.

Há ainda habilidades que prometem ajudar o jogador a se deslocar pelo mundo, mas que, se utilizadas com criatividade, também podem se tornar muito úteis nas batalhas. São os casos de “Ascend” e “Recall”.

A primeira possibilita que Link vá de um lugar mais baixo para outro mais alto atravessando o chão. A segunda faz com que objetos voltem no tempo. O poder é muito útil para retornar por um caminho já percorrido em um veículo ou fazer inimigos experimentarem do próprio veneno ao dispararem alguma coisa.

Durante o teste, não foi possível desvendar mais detalhes da história de “The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom” nem explorar livremente o mapa para entender a dimensão das mudanças em relação ao que já era mostrado em “Breath of the Wild”. Esses e outros segredos a Nintendo mantém guardados para o lançamento do jogo, no dia 12 de maio.

O jornalista viajou a convite da Nintendo

TIAGO RIBAS / Folhapress

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