Pacheco diz que indicação de Galípolo para diretoria do BC agrada

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta segunda-feira (8) que o nome do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para compor a diretoria do Banco Central “certamente” agrada ao Senado.

“Eu considero o Gabriel Galípolo um excelente quadro da República. Hoje cumpre uma função importante na Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, [tem] um excelente diálogo com o Congresso Nacional”, afirmou Pacheco.

“O vejo como alguém com predicados próprios para ocupar essa posição. Vejo [a indicação] com bastante otimismo, é um nome que agrada certamente o Senado Federal”, completou após agenda na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

O nome de Galípolo foi anunciado nesta segunda pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a política monetária do Banco Central. O servidor Ailton Aquino dos Santos foi apontado para assumir a diretoria de fiscalização da autarquia.

Antes de serem nomeados, os indicados pelo presidente da República para a diretoria do Banco Central devem ser aprovados pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e pelo plenário da Casa.

A indicação se dá em meio a insatisfação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, pelo patamar atual da taxa básica de juros, Selic.

A escolha deixa aberta a possibilidade de Galípolo futuramente assumir o lugar do atual presidente da autarquia, cujo mandato acaba em dezembro do ano que vem.

Questionado por jornalistas, Pacheco também voltou a endossar as críticas de Lula ao patamar atual da taxa básica de juros, mas repetiu que o Congresso não deve rever a autonomia do Banco Central nem tomar “medida mais drástica”.

“As críticas são à realidade fática da taxa básica de juros no Brasil, que nós entendemos que está hoje em um patamar muito elevado. Não são críticas pessoais, absolutamente, nem são críticas àquilo que nós fizemos no Senado Federal, que foi a aprovação da lei da autonomia do Banco Central”, disse.

“Nosso papel não é de criar polêmica, não é de criar divisões, é de um ambiente propício para que haja essa redução da taxa de juros. E quero fazer isso obviamente com o Ministério da Fazendo, Ministério do Planejamento e o próprio Banco Central. Não há cogitação de qualquer medida mais drástica. Até porque medidas como essa não dependem do Senado.”

THAÍSA OLIVEIRA / Folhapress

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