BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A PF (Polícia Federal) realizou nesta quinta-feira (11) a 11ª fase da Operação Lesa Pátria para identificar pessoas que financiaram e fomentaram os ataques golpistas de 8 de janeiro.
Para a ação, autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), os policiais contaram com 22 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Estão entre os alvos da operação estão produtores rurais e empresários suspeitos de financiar as invasões e depredações dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo.
Em Mato Grosso do Sul, armas regularizadas foram apreendidas com o empresário Adoilto Fernandes Coronel, proprietário de uma empresa de materiais de construção.
Outro alvo da operação, Peter Greidanus foi preso em flagrante no Paraná sob suspeita de posse irregular de arma de fogo.
No interior de São Paulo, a residência do empresário Geraldo Cesar Killer foi alvo de busca, e a PF apreendeu dinheiro –o valor não foi informado. Ele aparece como doador de R$ 10 mil para a campanha de Jair Bolsonaro (PL) e também fez outra doação do mesmo valor para o senador Marcos Pontes, ex-ministro de Ciência e Tecnologia.
A operação da PF tem origem nas quatro frentes de investigação abertas após os atos de 8 de janeiro.
Uma delas mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que pode alcançar Bolsonaro. Outra tem como objetivo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.
O terceiro foco da investigação PF são os vândalos. Os investigadores querem identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios históricos da capital federal.
A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.
Essas investigações deram origem as 11 fases ostensivas da Lesa Pátria até o momento.
FABIO SERAPIÃO / Folhapress