PL e Bolsonaro aumentam pressão para que Ricardo Nunes se filie ao partido

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O PL aumentou o assédio sobre o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para que ele se filie ao partido. Em breve, integrantes das cúpulas das duas legendas devem se reunir para tratar do tema em um jantar.

O assunto foi abordado, ainda que de forma descontraída, em almoço e reuniões no último sábado (6) que contaram com Nunes e Jair Bolsonaro (PL), além de dirigentes das legendas, em São Paulo.

Em tom de brincadeira, o ex-presidente disse ao prefeito em determinado momento que ele deveria se filiar a seu partido, até para resolver dúvidas sobre como o PL irá se posicionar na eleição paulistana no ano que vem.

Segundo relatos, Nunes apenas riu e disse que se sentia bem no MDB, partido ao qual é filiado desde os 18 anos de idade. Acrescentou que essa conversa deveria passar por Baleia Rossi, presidente do partido.

O deputado federal Ricardo Salles (PL) tem buscado apoios para viabilizar sua candidatura pela sigla e é o preferido dos bolsonaristas. A ala raiz do PL, encabeçada pelo presidente nacional da sigla Valdemar Costa Neto, tem se inclinado para Nunes, de cuja gestão participa com cargos.

Os líderes do PL têm dito que a legenda cresceu muito nos últimos anos, com uma bancada de 99 deputados, e que precisa de uma candidatura própria na maior capital do país no ano que vem.

Em seus cálculos, a chapa seria completada por um nome mais à direita que o de Nunes, possivelmente do MDB, caso o partido tenha alguém com esse perfil e se disponha a fazer a aliança. Outra alternativa é o Republicanos, que tem no governador Tarcísio de Freitas (SP) o seu principal nome.

“O sonho do Ricardo Nunes é ter o apoio do PL, e o sonho do PL é ter o Ricardo Nunes como candidato. Ele seria a joia da coroa”, afirma o vereador Isac Félix, presidente do diretório paulistano do PL.

Baleia Rossi, presidente do MDB, diz que a conversa entre PL e Nunes sobre filiação, caso tenha ocorrido, mostra que a candidatura de Nunes está sendo vista como competitiva.

O prefeito de São Paulo nega que o assunto tenha sido abordado no sábado.

FÁBIO ZANINI E GUILHERME SETO / Folhapress

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