A chamada CPI da Lava Toga foi três vezes engavetada em 2019.
Naquele ano, enquanto Jair Bolsonaro fazia críticas públicas ao Judiciário, os filhos Eduardo e Flávio atuavam nos bastidores para impedir a instalação da CPI. Ministros de tribunais superiores também se movimentaram nesse sentido.
O autor da proposta, senador Alessandro Vieira, hoje no PSDB de Sergipe, nunca defendeu “fechamento do Supremo” ou algo que o valha. A ideia, desde o início, era “investigar condutas ímprobas, desvios operacionais e violações éticas por parte de membros do Supremo Tribunal Federal e de tribunais superiores do país”.
Gilmar Mendes foi um dos ministros que, à época, se manifestou sobre o assunto, dizendo que uma eventual CPI da Lava Toga seria considerada inconstitucional e, por consequência, derrubada pelo próprio Supremo.
Às vésperas de novas eleições gerais, perguntei a Alessandro Vieira quais as chances de uma CPI com essa finalidade sair do papel na próxima legislatura. Ele respondeu: “Depende muito da qualidade dos senadores que serão eleitos. É importante que o eleitor escolha gente séria, honesta e independente. Gente que tem telhado de vidro, que responde a processo é incapaz de fazer a necessária apuração”.
Assista à íntegra da coluna Conexão Brasília que foi ao ar em 6 de setembro no Nova Manhã, para os ouvintes da Novabrasil FM em todo o país (no período eleitoral, a coluna está indo ao ar às 7h30, de segunda a sexta):