Aliados de Lula resistem ao desmembramento de ministérios da Justiça e Segurança Pública

O presidente eleito, Luis Inácio Lula da Silva, acompanhado de seu vice, Geraldo Alckmin e de coordenadores da transição, fala com a imprensa após reunião com o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes(Foto de Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil)
O presidente eleito, Luis Inácio Lula da Silva, acompanhado de seu vice, Geraldo Alckmin e de coordenadores da transição.
(Foto de Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil)

Aliados do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, não concordam com o desmembramento do Ministério da Justiça. Durante a campanha presidencial, o petista afirmou que dividiria a pasta em dois ministérios distintos: Justiça e Segurança Pública.

A avaliação entre pessoas próximas a Lula, é que ele pode voltar atrás e não alterar a estrutura ministerial. O indício de que pode haver esse recuo foi a montagem de um grupo temático único na transição para temas relacionados para cada pauta.

O anúncio do bloco gerou mal-estar em grupos de WhatsApp compostos por especialistas na área. Eles questionaram a falta de um espaço exclusivo para a discussão técnica sobre segurança pública.

Até o momento, a equipe de transição da área de segurança pública será composta pelo senador eleito Flávio Dino (PSB), o deputado  Paulo Teixeira (PT), o procurador da Fazenda Nacional Jorge Rodrigo Araújo Messias -próximo ao PT- e Cristiano Zanin, que foi advogado de Lula no âmbito da Operação Lava Jato.

Embora a separação das pastas possa gerar mais poder de negociação para atrair partidos que podem compor a base do futuro governo, auxiliares próximos ao presidente eleito defendem que o desmembramento deixaria o Ministério da Justiça esvaziado.

Flávio Dino é até o momento o nome mais cotado para ser o ministro da Justiça. Ele já disse a interlocutores de Lula que tem preferência por uma pasta que também englobe a área de segurança pública.

 

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