Defesa de segurança de Bolsonaro preso critica Moraes em pedido de soltura

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A defesa de Sérgio Cordeiro, preso em operação da Polícia Federal, fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes (Supremo Tribunal Federal) em pedido para que o magistrado reconsidere sua decisão sobre a prisão preventiva do assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Cordeiro, que atuava na equipe de segurança de Bolsonaro, foi alvo de mandado de prisão no âmbito de uma investigação sobre suposta fraude em carteiras de vacinação no sistema do Ministério da Saúde.

Segundo a PF, os alvos da investigação são suspeitos de realizar inserções de informações falsas sobre vacinação contra Covid-19 entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 para que os beneficiários pudessem emitir certificado de vacinação para viajar aos Estados Unidos.

No agravo regimental, os advogados Christiano Kuntz e Eduardo Kuntz manifestam “insurgência da Defesa” pela entrega de petição diretamente a Moraes, que justificou a medida pela participação de um deputado –Gutemberg Reis (MDB-RJ)– no suposto esquema. Eles pedem que a petição seja redistribuída.

Os advogados também reclamam de só terem tido acesso a todos os documentos do processo contra Cordeiro depois da audiência de custódia, comprometendo a ampla defesa, o contraditório e o devido processo legal. Por causa disso, exigem a anulação da audiência.

Dizem ainda que “não há nos autos nenhum elemento a justificar concretamente a decretação da prisão preventiva” de Cordeiro. Por isso, pedem a reconsideração e revogação da prisão preventiva decretada. Caso seja mantida, os advogados solicitam que o recurso seja enviado imediatamente ao colegiado do Supremo.

Além de Cordeiro, foram alvo de mandado de prisão o tenente-coronel Mauro Cid, braço-direito do ex-presidente, Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens, Max Guilherme de Moura, segurança de Bolsonaro, Ailton Moraes Barros, candidato a deputado estadual pelo PL-RJ em 2022, e João Carlos de Sousa Brecha, secretário da Prefeitura de Duque de Caxias (RJ).

FÁBIO ZANINI / Folhapress

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