O prefeito de Guarulhos, Gustavo Henric Costa, o Guti (PSD), disse que pediu barreira sanitária no Aeroporto Internacional de São Paulo como medida para tentar remediar e não para se antecipar à nova variante do coronavírus Ômicron, descoberta na semana passada. “No momento a gente não tem que falar sobre a causa e sim sobre o efeito que (a cepa) pode trazer para o Brasil. A ONU e os países desenvolvidos deveriam ter enviado mais vacinas para a África. Mas isso é o antes. O pós é a gente proteger os brasileiros”, declarou Guti, em entrevista ao vivo no estúdio do Nova Manhã, nesta terça-feira (30).
Dentre as medidas, que o prefeito pediu ao Ministério da Saúde para salvaguardar a fronteira estão a exigência do passaporte da vacina, testagem de passageiros e quarentena. Guti ressaltou que o Aeroporto de Guarulhos é um dos mais movimentados do mundo, com três voos semanais do continente africano para São Paulo, porém, muitas aeronaves da Europa fazem escala na África e da África para cá. No fim de semana, um passageiro guarulhense que desembarcou no terminal testou positivo para Covid-19. O Instituto Adolfo Lutz deve divulgar o resultado do exame nesta semana.
Diante da ameaça da nova variante, o prefeito de Guarulhos defende maiores restrições neste período de festas de fim de ano, sem a realização de festas públicas de Natal. “Se a gente não tiver restrições maiores agora, mesmo sem saber o que é essa variante, a gente pode ter punições maiores ainda na economia. Porque se tivermos uma nova onda (de covid) de um ano e meio atrás, a economia vai ser punida ainda mais do que no passado”.
É certo que as festividades públicas de Natal com aglomerações não vão acontecer este ano em Guarulhos, porém o Carnaval de rua da cidade ainda está em aberto. A Uniblocos pressiona a Prefeitura de Guarulhos para a realização da festa. Para Guti, se fosse hoje, não haveria carnaval. A administração municipal tem um comitê permanente que avalia a pandemia toda semana. O prefeito afirmou que está em constante diálogo com a entidade para que a Uniblocos não seja surpreendida caso o Carnaval não aconteça no ano que vem.
Confira a entrevista na íntegra: