A ação, realizada pela Secretaria de Cultura (Secult), prepara o caminho para a tradicional Festa de Nossa Senhora do Monte Serrat, que celebra a padroeira da cidade e atrai milhares de fiéis e turistas.
A equipe da Secult higieniza os oratórios, faz pequenos reparos e ainda lustra as obras de bronze. Inês Rangel, coordenadora de Museus e Galeria da Secult, lidera o trabalho há 20 anos. “Este é um dos trabalhos mais intensos que nossa equipe realiza. São cerca de 20 dias praticamente morando no morro. Mas vale a pena; é gratificante contribuir com este patrimônio histórico, cultural e religioso”, ela destaca.
A equipe começou os serviços na semana passada e segue um cronograma cuidadoso. Primeiramente, eles raspam resíduos de velas acumulados nos painéis. Em seguida, lavam tudo com máquinas. Atualmente, o foco está no polimento do bronze, que precede o tratamento final das obras. Marino Del Fabero as esculpiu, e Metelo Benedetti as fundiu em 1939.
Fé, História e Tradição
A escadaria é mais do que um caminho para o Santuário; ela é um percurso espiritual. Os 14 nichos, construídos entre 1938 e 1941, representam os passos da Paixão de Cristo. As estações da Via-Crúcis são de granito, com placas e relevos em bronze, medindo cerca de quatro metros de altura e 2,5 metros de largura.
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Segundo a tradição, a intercessão da Padroeira preservou Santos de invasões e tragédias. Por exemplo, em 1614, um milagre atribuído a Nossa Senhora fez com que piratas fossem soterrados durante um ataque. Por isso, cada oratório é um lembrete da Paixão de Cristo e, ao mesmo tempo, uma demonstração da gratidão dos santistas à sua Padroeira, aclamada oficialmente em 1955.
O Monte Serrat se consolidou como um ponto de peregrinação e atração turística. Assim, a escadaria integra fé, história, identidade e a beleza da paisagem, reforçando o valor cultural e religioso do local para a comunidade e os visitantes.
