Um professor de geografia, de 55 anos, da rede pública de São Vicente, foi preso onde morava no Guarujá, na manhã na última segunda-feira (11). Ele é investigado por assédio sexual e moral contra alunas de 12 a 14 anos da escola CAIC Ayrton Senna da Silva, no bairro Humaitá, área continental da cidade.
Na manhã da última segunda-feira (11), policiais civis cumpriram um mandado de prisão e busca e apreensão contra o professor na área rural de Guarujá. Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP – SP), quatro celulares, um HD, um iPad, dois notebooks e um caderno foram apreendidos na casa do homem.
De acordo com a investigação do caso, o professor enviava diversas mensagens por meio de um aplicativo, assediando as alunas. Em uma dessas mensagens, uma aluna enviou uma foto ao professor, que tirou um print do lábio dela e respondeu “quero”. Em outro momento, convidou a mesma aluna e mais uma amiga dela para sair.
Em outra denúncia, uma aluna contou que percebeu situações de aproximação do professor que a deixava desconfortável, entre elogios e caricias em seus cabelos, rosto e pescoço no meio da sala de aula.
Houve um outro momento, em que a menor disse que, em um dos assédios, ela estava dormindo com a cabeça apoiada na mesa da sala de aula, quando foi acordada pelo professor. O homem a despertou com toques no rosto e no queixo, se aproximando do rosto dela, na intenção de ‘beijar a boca dela’.
Em nota, a prefeitura de São Vicente disse que, desde o momento em que teve ciência do fato o servidor foi afastado de forma cautelar, e a Administração Municipal comunicou o caso aos órgãos competentes, inclusive ao Ministério Público (MP). No final de outubro, foram anexados mais elementos ao processo. Dessa forma, a Secretaria de Educação (Seduc) solicitou a prorrogação do afastamento.
Em paralelo, foi solicitada a escuta especializada das alunas envolvidas. As psicólogas da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania (Sedhc) prestaram todo o suporte, encaminhando o caso para acompanhamento da Secretaria da Saúde (Sesau). As estudantes seguem recebendo toda a assistência necessária.
Por fim, a Prefeitura se solidariza com a causa das alunas e se coloca à disposição das autoridades para contribuir com as investigações.