Projeto queima o filme de Jean Corauci e grupo dos 18 cogita retirar apoio para presidência

Queimou o filme

Mal começou o ano e o acordo feito na Câmara pelo chamado grupo dos 18, que integra parlamentares de todas as matizes ideológicas e grupos políticos, deverá ser revisto no Legislativo de Ribeirão. Não que o grupo esteja exatamente rachado, mas a semente da discórdia foi lançada e já macula a eventual escolha de Jean Corauci (PSB) à presidência da Câmara em anos posteriores.

Acerto

Jean foi um dos articuladores do acerto e, pelo combinado, seria um dos presidentes do Legislativo nos próximos anos – Renato Zucolotto (PP) e Alessandro Maraca (MDB) eram os outros escolhidos. Maraca já foi eleito e Zucolotto está na fila para o próximo ano. Agora, abre-se a vaga que seria de Jean – Igor Oliveira (MDB) já colocou o bloco na rua e pode ser o escolhido.

Sementinha do mal

A sementinha da maldade tem nome: trata-se do projeto de lei, copiado da Prefeitura de Bauru, que visava liberar o comércio durante a pandemia. Protocolado por Jean Corauci, a proposta colocaria praticamente todas as atividades como essenciais, burlando, assim, o Plano São Paulo.

Trairagem

O problema, e sempre há um entre os nobres edis, é que a iniciativa repercutiu mal entre os pares. Havia um combinado, confirmado por quatro parlamentares diferentes, para que um projeto dessa natureza não fosse apresentado, justamente por colocar a Câmara na rota da ilegalidade. Ainda que isso seja um cotidiano no Legislativo, esse debate era visto como bola dividida, com potencial de colocar o Legislativo em apuros. Houve intensos debates entre os parlamentares, e a posição majoritária era a de não propor o tema para evitar desgastes desnecessários.

Sem chance

Jean não honrou o acordo tácito, fez a proposta e, como previsto, houve bate boca, críticas e discussões, já que a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) recomendou que o tema não fosse votado, por considera-lo inconstitucional.

Bastidores

Mas o estrago foi feito. Nos bastidores, há quem já fale abertamente que a indicação do nome de Jean, depois desta “rebeldia”, para presidente da Casa já não é consensual entre o grupo dos 18. Um novo nome terá que ser escolhido para as próximas eleições, a menos que este corneta esteja completamente errado nas observações pontuais da Câmara. Quem viver, verá!

Lincoln na berlinda

Outro que saiu chamuscado do episódio sobre a lei inconstitucional foi justamente Linconl Fernandes (PDT). À boca pequena, parlamentares viram a decisão de atacar a decisão da Comissão de Constituição e Justiça uma afronta do Legislativo, e prometem retaliações ao ex-presidente da Casa.

Isolado

Lincoln, por sinal, permanece cada vez mais isolado no Legislativo e, ao mirar em Isaac Antunes (PL), presidente da CCJ, arrumou um grande problema para os quatro anos de mandato que tem pela frente. A conferir as reviravoltas.

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