Mais da metade dos trabalhadores informais no Brasil dependem dos chamados “bicos” como fonte de renda. São quase 20 milhões, em sua maioria de cor preta, nessa situação. Os dados são do IBGE e fazem parte do estudo “Retrato do Trabalho Informal no Brasil: desafios e caminhos de solução”, realizado pelo Instituto Veredas.
O instituto considera como trabalhador informal quem atua no setor privado sem carteira assinada, o doméstico sem carteira assinada e o que atua por conta própria ou como empregador sem CNPJ, além daquele que ajuda parentes em determinada atividade profissional.
Uma das quatro categorias da informalidade, mais de 60% do total, abrange os chamados “informais de subsistência”. São trabalhadores com baixa ou nenhuma qualificação e que oferecem serviços de demanda instável, os chamados ‘bicos’. São mais vulneráveis que os demais, têm o perfil bem definido, segundo o estudo: homem, jovem, de cor preta e baixa escolaridade.
Na análise regional, o tipo mais vulnerável de trabalhador informal soma quase metade dos trabalhadores das regiões Norte e Nordeste. A maioria trabalha com serviços ligados a comércio, reparação de veículos e construção.
Da Redação