BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Os recursos solicitados pelas montadoras que aderiram ao plano que busca reduzir o preço dos carros populares, lançado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início do mês, já somam R$ 150 milhões -30% do teto disponível-, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
De acordo com a pasta, nove montadoras aderiram ao programa -Renault, Volks, Toyota, Hyundai, Nissan, Honda, GM, Fiat e Peugeot- , colocando 233 versões de 31 modelos à disposição dos consumidores para compra com desconto. O Ministério da Indústria informa também que a lista é dinâmica e que outros modelos podem ser incluídos a qualquer momento.
Os descontos patrocinados pelo governo para os carros “populares” vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil, podendo alcançar valores maiores a critério das fábricas e concessionárias.
Menor preço, eficiência energética e conteúdo nacional foram os três critérios levados em conta para a definição das faixas de desconto. Quanto maior a pontuação nesses requisitos, maior o desconto aplicável.
As nove empresas pediram inicialmente o máximo de recursos permitidos no momento de adesão ao plano, ou seja, R$ 10 milhões, enquanto seis delas (Volks, Hyundai, GM, Fiat, Peugeot e Renault) já pediram crédito adicional de mais R$ 10 milhões.
As montadoras podem pedir mais recursos na medida em que usarem os montantes solicitados até que o limite de R$ 500 milhões disponíveis como crédito tributário para venda de carros mais baratos seja atingido.
Nesta terça-feira (13), o presidente Lula exaltou o programa, acrescentando que ele pode durar menos de um mês por causa da grande procura. “Reduzimos um pouco o preço do carro. Você viu, eu estava vendo uma notícia hoje que, já vai durar um mês e vai acabar o programa”, afirmou.
Também segundo a pasta chefiada pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, o plano para renovação da frota de caminhões teve adesão de 10 montadoras, com volume total de R$ 100 milhões, o que representa 14% do teto de R$ 700 milhões em créditos tributários para estes veículos.
No caso dos ônibus, nove montadoras irão participar do programa, com volume total de R$ 90 milhões (30% do teto, que é de R$ 300 milhões).
NATHALIA GARCIA / Folhapress