Reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre Gaza termina sem acordo

Sem consenso sobre um texto final. Foi assim que acabou a reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (13).

Reunião ocorreu em Nova York e foi comandada pelo ministro brasileiro Mauro Vieira, das Relações Exteriores. Um dos principais temas era a criação de um corredor humanitário entre a Faixa de Gaza e o Egito.

Participantes do encontro afirmaram que conversas continuarão, de modo informal daqui em diante, para a costura de um documento que reflita uma posição de acordo de todos os membros.

Território palestino na fronteira com o Egito e Israel, Gaza tem sido alvo de bombardeios do exército de Israel desde o fim de semana, em reação ao ataque terrorista do Hamas ao território israelense. O governo de Israel quer enfraquecer as bases do Hamas em Gaza.

Mais de 170 israelenses partem de SP rumo a Tel Aviv para lutar na guerra

Mais cedo, cerca de 175 israelenses que estavam em países da América Latina embarcaram rumo a Israel para se somar ao Exército na guerra contra o grupo terrorista Hamas e ajudar serviços de emergência.

O embarque ocorreu no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, onde se reuniam homens e mulheres que estavam no Brasil ou vieram de outras nações da vizinhança.

O grupo, formado majoritariamente por adultos de 20 a 30 anos, relatou a interrupção de seus planos para retornar ao país. Havia entre os israelenses não só reservistas do Exército como paramédicos, que regressam para ajudar na infraestrutura de saúde, e outros voluntários.

Roni Harel, 31, serviu no Exército no início da vida adulta, como a maior parte dos cidadãos de seu país. No Brasil há duas semanas com o marido, também reservista, ela passava a lua de mel em Salvador. O plano de ficar mais três semanas no litoral brasileiro foi interrompido pela guerra.

“Não conseguimos aproveitar. Apenas pensávamos na nossa família. Há medo, claro. Meu corpo todo está tremendo, e tive pesadelos”, relatou. “Mas o único lugar em que queria estar agora é Israel.”

No país do Oriente Médio, todo cidadão maior de 18 anos deve servir ao Exército se for judeu, druso ou circassiano —homens servem pouco mais de dois anos e meio, e mulheres, dois anos. Assim, o país tem um enorme contingente de reservistas, que são todos aqueles que fizeram o serviço obrigatório. Tel Aviv já afirmou que convocou 300 mil deles para se somar às fileiras.

Mas entre o grupo que se reunia no Terminal 3 de Guarulhos havia também quem não vai se somar à luta armada.

Entre o grupo havia também crianças. Segundo Rafael Erdreich, cônsul de Israel em São Paulo, são todas parentes de reservistas. O diplomata afirmou que esse não é o primeiro voo que sai da América Latina com repatriados ao menos outros dois já saíram de México e Peru.

A representação diplomática diz que agradece a empatia com o país neste momento, mas que, ao menos por ora, não está aceitando voluntários, sejam eles de dupla nacionalidade —brasileira e israelense— ou não. Tel Aviv está convocando apenas aqueles que já serviram ao Exército e estão inscritos como reservistas.

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