Secretária de Tarcísio viaja à Suíça para evento sobre presença religiosa no governo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Secretária de Políticas para a Mulher de Tarcísio de Freitas (Republicanos), Sonaira Fernandes recebeu autorização do governador de São Paulo para viajar para Genebra, na Suíça, e participar de evento que propõe “ensinar os princípios bíblicos nas esferas de governo no mundo todo”.

De 6 a 10 de maio, Sonaira participará do “Uniting our Nations and Reconciling”, do ministério Parlamento e Fé, fundado em 2009, pelo pastor argentino Luciano Bongarrá.

O objetivo, segundo descreve o próprio pastor em entrevistas, é o de levar “a mensagem do Senhor” aos que estão em posição de autoridade.

“Parlamento e Fé quer estabelecer em cada Congresso, cada município, cada lugar, cada prefeitura do mundo um homem de Deus para que possa transmitir a mensagem transformadora de Jesus Cristo”, afirma Bongarrá, em vídeo.

Segundo o decreto que autorizou o afastamento, publicado no Diário Oficial estadual de 3 de maio, a secretária fará a viagem sem prejuízo dos vencimentos e das demais vantagens de seu cargo –ou seja, sem desconto salarial.

A programação do evento é composta majoritariamente de apresentações de pastores, como David Hausmann, da Suíça, Ben Hur, dos EUA, e Juan Bongarrá, da Argentina, e pode ser conferida aqui.

Evangélica, Sonaira é próxima de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com quem trabalhou, e tem atuação política alinhada aos valores do bolsonarismo. Nas redes sociais, já escreveu que “o feminismo mata mais do que guerras e doenças” e é “o grande genocida do nosso tempo”.

Nos últimos anos, como vereadora da capital, apresentou projetos para proibição de cotas raciais em instituições públicas e privadas na cidade de São Paulo e para que o sexo biológico seja o único critério para participação de atletas em competições no município, excluindo, assim transgêneros de disputas esportivas.

Outros projetos dela incluem proibir a criação de banheiros unissex na cidade, o uso da linguagem neutra e o ensino sobre “ideologia de gênero” e orientação sexual nas escolas. Nenhum deles foi aprovado.

GUILHERME SETO / Folhapress

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