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03 aniversariantes da MPB do dia: Wilson Moreira, Ná Ozzetti e Wagner Tiso

Hoje é um dia muito especial para a música popular brasileira: cada um em um ano diferente, Wilson Moreira, Ná Ozzetti e Wagner Tiso nasceram em 12 de dezembro! Três artistas essenciais para a nossa MPB, vamos conhecer um pouco da trajetória e da obra de cada um deles.

Wilson Moreira

Wilson Moreira | Imagem: Divulgação / Vivian Ribeiro

O cantor e compositor Wilson Moreira nasceu em 12 de dezembro de 1936, no bairro de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, e – se não tivesse nos deixado em setembro de 2018 – completaria  89 anos hoje.

Desde criança, interessou-se pelo samba, tendo na família avós e tios que foram jongueiros e tocadores de caxambu. Teve várias profissões antes de tornar-se conhecido, como guarda penitenciário e engraxate.

Em 1955, Wilson foi um dos fundadores da ala dos compositores da escola de samba carioca Mocidade Independente de Padre Miguel, participando também da bateria da escola. 

Seu primeiro samba-enredo, “Bahia“, parceria com Ivan Pereira, foi um sucesso. Outro famoso samba-enredo seu, “As Minas Gerais“, foi muito elogiado por Ary Barroso.

Em 1968, Wilson Moreira passou a colaborar em outra escola de samba, a Portela, onde fez história na ala dos compositores e conheceu grandes parceiros e amigos como Paulinho da Viola, Candeia e Natal da Portela e muitos outros.

Seu parceiro musical mais constante foi o compositor Nei Lopes, uma das parcerias mais bem sucedidas da história do samba, rendendo dois discos antológicos; o primeiro “A Arte Negra de Wilson Moreira e Nei Lopes”, lançado em 1980, e o segundo, “O Partido (Muito) Alto de Wilson Moreira e Nei Lopes”, de 1985, traz “Fidelidade Partidária” e “Eu Já Pedi”.

A dupla de compositores teve as suas composições cantadas por grandes nomes da música brasileira: 

  • Beth Carvalho gravou: “Te Segura” (1976), “Goiabada Cascão” (1978), “Morrendo de Saudade” (1981)
  • Alcione gravou “Gostoso Veneno” (1979)
  • Clara Nunes gravou “Mulata do Balaio” (1979) e “Deixa Clarear” (1981)
  • Elizeth Cardosogravou “Cidade Assassina” (1982)

Zeca Pagodinho é parceiro de Wilson Moreira, tendo gravado com sucesso as parcerias dos dois: “Judia de Mim” e “Quintal do Céu”, ambas em 1986.

Ná Ozzetti

A cantora Ná Ozzetti, importante voz da MPB | Foto: Reprodução

A cantora e compositora Ná Ozzetti nasceu em São Paulo, em 12 de dezembro de 1958 e está completando 67 anos hoje.

A artista estudou piano na infância, começou a cantar na adolescência e, já adulta, formou-se em artes plásticas. No final da década de 1970 iniciou sua carreira musical com o grupo Rumo, com o qual se apresentou pelo Brasil e gravou 5 LPs e um DVD.

O grupo fez parte dos artistas que integraram a chamada Vanguarda Paulista, movimento liderado por Itamar Assumpção e Arrigo Barnabé, lá no final dos anos 70 até meados dos anos 80, que reuniu artistas nascidos ou residentes do estado de São Paulo, que decidiram romper com o controle das gravadoras e da indústria fonográfica sobre a produção e lançamento de novos talentos.

Esses artistas produziam e lançavam seus trabalhos independentemente das grandes gravadoras e das participações em programas televisivos da época, criavam suas próprias microempresas e gerenciavam as suas próprias carreiras.

A cantora lançou o primeiro álbum solo em 1988, intitulado “Ná Ozzetti”, pelo qual recebeu o Prêmio Sharp de Revelação Feminina na categoria MPB. No segundo disco, “Ná”, lançado em 1994, passou a apresentar também as suas composições autorais. Com este disco conquistou o Prêmio Sharp do ano nas categorias “Melhor Disco” e “Melhor Arranjador” (para Dante Ozzetti), no segmento Pop-Rock. 

Em 1996, a cantora lançou o álbum “Love Lee Rita”, em homenagem à Rita Lee, e – em 1999 – foi a vez de “Estopim”, disco com canções inéditas e parcerias com Luiz Tatit, Dante Ozzetti, Itamar Assumpção e Zé Miguel Wisnik. 

Em 2000, Ná Ozzetti recebeu o prêmio de “Melhor Intérprete” no Festival da Música Brasileira, promovido pela Rede Globo, interpretando a canção “Show”, de Fábio Tagliaferri e Luiz Tatit. Como premiação, lançou o disco “Show”, com repertório de clássicos das décadas de 1940 e 50. 

Em 2005, lançou – com o pianista e compositor André Mehmari -o álbum “Piano e Voz” e – em 2009 – “Balangandãs”, que traz canções de Assis Valente, Synval Silva, Ary Barroso, Dorival CaymmieBraguinha, eternizadas na voz de Carmen Miranda. Por este trabalho, conquistou o primeiro lugar da categoria de “Melhor Disco Popular” no 5º Prêmio Bravo! Prime de Cultura. 

Em 2011, lançou o álbum “Meu Quintal” e em 2013, “Embalar”. Em 2015,  Ná Ozzetti participou de dois diferentes projetos com ícones da música popular contemporânea brasileira, tendo lançado os discos “Ná e Zé”, com Zé Miguel Wisnik, e “Thiago França” com o grupo Passo Torto. 

Em 2019, para celebrar 40 anos de carreira, a cantora estreou o espetáculo “Ná 40 anos de palcos”. No mesmo ano, o grupo Rumo lançou mais um disco de canções inéditas, “Universo”, com a participação de .

Seus trabalhos mais recentes são os álbuns: “De Lua”, de 2024, em parceria com Luiz Tatit, e “Ná Canta Zécarlos”, de 2025.

Wagner Tiso

Wagner Tiso, arranjador e pianista da MPB | Imagem: Divulgação

Nascido em 12 de dezembro de 1945, o pianista, compositor, maestro e arranjador mineiro, Wagner Tiso, completa 80 anos hoje.

Sua vasta obra é marcada por experimentalismo e inovação. Amigo e parceiro de nomes como Milton Nascimento, Ronaldo Bastos, Fernando Brant e Lô Borges, Tiso fez parte da geração de artistas mineiros do Clube da Esquina, tendo participado dos dois discos do movimento musical que mudou para sempre a história da música popular brasileira: os antológicos “Clube da Esquina” (de 1972, já considerado o mais importante disco da MPB de todos os tempos) e “Clube da Esquina 2” (de 1978).

Wagner Tiso também liderou o conjunto Som Imaginário – do qual também faziam parte Zé Rodrix, Tavito, Robertinho Silva, Luiz Alves e Frederah  no início dos anos 1970. A banda começou a carreira acompanhando Milton Nascimento e depois seguiu se apresentando independente dele, tendo lançado 2 álbuns com Milton e 4 álbuns só como banda.

O artista possui também uma consolidada carreira no cenário internacional e lançou mais de 40 discos, entre solos e parcerias. Além de Milton, acompanhou diversos artistas como pianista e fez arranjos para tantos outros, como: Cauby Peixoto, Maysa, Marcos Valle, Gonzaguinha, Johnny Alf, MPB-4, Dominguinhos, Gal Costa, Maria Bethânia, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, Caetano Veloso e Gilberto Gil.

Entre suas principais composições, está a clássica canção “Coração de Estudante”, parceria com Milton Nascimento, lançada no álbum Milton Nascimento Ao Vivo, de 1983. Contamos a história da canção nesta matéria especial em nosso site.

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