Hoje, dia 12 de setembro, seria aniversário de uma das maiores e mais belas vozes da nossa história: Vicente Celestino.
E nós da Novabrasil preparamos uma lista com 10 curiosidades sobre o cantor e compositor carioca para vocês conhecerem melhor quem foi esse grande artista.
10 curiosidades sobre Vicente Celestino
1 – Seis dos doze irmãos de Vicente Celestino dedicaram-se à arte
Filho de imigrantes italianos, cinco dos doze irmãos de Vicente Celestino dedicaram-se ao canto e um ao teatro. Desde os oito anos, por sua origem humilde, ele teve que trabalhar como sapateiro, vendedor de peixe, jornaleiro e, um pouco mais tarde, como chefe de seção em uma indústria de calçados.
2 – Começou a se apresentar aos 11 anos
Aos 11 anos de idade, Vicente foi a um recital de Baiano e Eduardo das Neves – cantores pioneiros da indústria fonográfica no Brasil – e lá percebeu que era aquilo que queria fazer no futuro.
Depois de um tempo, recebeu convites para se apresentar em clubes recreativos do Rio de Janeiro. Todo o seu pagamento – cerca de 10 mil-réis por dia – era cedido aos pais para aliviar a complicada situação financeira da família.
3 – Vicente Celestino estreou profissionalmente cantando a valsa Flor do Mal (Saudade Eterna) no teatro
Em uma de suas apresentações, o diretor da Companhia do Teatro São José, convidou-o para integrar o coro da entidade.
Vicente Celestino estreou profissionalmente cantando a valsa Flor do Mal (Saudade Eterna) (de Santos Coelho e Domingos Correia), na peça Chuá, Chuá. Mais tarde, essa faixa entrou no seu primeiro disco e fez muito sucesso.
4 – Com 25 anos, Vicente Celestino começou a participar de operetas
Em 1919, com 25 anos, Vicente Celestino começou a participar de operetas como Amor de Bandido e Juriti, ao lado de atrizes-cantoras, primeiro com Laís Areda e depois com Carmen Dora. Ajudou também na montagem de óperas como Tosca, Aida e Carmen.
5 – Vicente teve dificuldades para se adaptar ao sistema elétrico de gravação, pois sua voz era potente demais para os equipamentos da época
Em meados dos anos 1920, o sistema elétrico de gravação chegou ao Brasil para substituir o mecânico. Conta-se que Vicente teve dificuldades para se adaptar ao formato, pois sua voz era potente demais para os equipamentos da época.
Por isso, ele tinha que gravar a uma distância de 20 metros dos microfones e de costas para eles, mas isso fazia sua voz soar como um eco, dificultando a compreensão da letra. Um engenheiro estrangeiro foi trazido pela gravadora Odeon ao Brasil, e ele conseguiu fazer com que Celestino cantasse com a boca perto do microfone.
6 – O primeiro cantor a gravar o hino nacional
Vicente Celestino foi o primeiro cantor a gravar o hino nacional brasileiro, em 1917.
7 – Gravou mais de 150 compactos
Ao todo, em sua carreira, além de diversos LPs, gravou mais de 150 compactos de 78 RPM.
8 – Composições suas deram tema para filmes
Vicente Celestino, que tocava violão e piano, também foi o compositor de muitas das suas criações.
Duas delas dariam o tema, mais tarde, para dois filmes de enorme público: O Ébrio (1946) e Coração Materno (1951), peças teatrais que foram transformadas em filme por sua esposa Gilda Abreu, cantora, escritora, atriz e cineasta, que conduziu artística e comercialmente a carreira do casal, levando Vicente ao cinema e também à composição (até lá, ele apenas interpretava peças dos outros).
9 – “A Expressão Máxima da Canção”
Em 1967, o júri do Festival Internacional da Canção o concedeu o diploma “A Expressão Máxima da Canção”.
10 – Ia ser homenageado horas antes de falecer
Quando morreu, às vésperas dos 74 anos – no dia 23 de agosto de 1968, no Hotel Normandie, em São Paulo – o artista estava de saída para um show com Caetano Veloso e Gilberto Gil, na famosa gafieira Pérola Negra, onde seria gravado um programa da TV Record, em que Vicente Celestino seria homenageado pelo Movimento Tropicalista.
