2 anos sem Nelson Sargento: 10 curiosidades sobre o sambista

Hoje, dia 27 de maio, completamos dois anos sem Nelson Sargento. O sambista, compositor, cantor, pesquisador de música popular brasileira, artista plástico, ator e escritor carioca nos deixou em 27 de maio de 2021, aos 96 anos, por complicações da Covid-19. Ele já tinha recebido tratamento para um câncer de próstata em 2005. 

Ícone da Mangueira, Nelson Sargento também era poeta e artista plástico | Foto: Reprodução

10 curiosidades sobre Nelson Sargento

Para homenageá-lo no dia de hoje, trouxemos 10 curiosidades para que vocês conheçam mais a fundo quem foi Nelson Sargento!

1 – “Sargento” é um apelido artístico

Nascido Nelson Mattos, no Rio de Janeiro, em 1924,  ele ganhou o apelido artístico “Sargento” por conta da patente que alcançou por ter servido no Exército Brasileiro na segunda metade dos anos 1940. 

2 – Nelson Sargento foi um dos principais sambistas da Estação Primeira de Mangueira

Nelson Sargento morou no Morro da Mangueira desde os 12 anos de idade e tornou-se um dos principais sambistas de todos os tempos da Estação Primeira de Mangueira, escola que integrou e presidiu a Ala de Compositores, bem como se tornou Presidente de Honra.

3 – Em 1949, a Mangueira foi campeã com um samba-enredo de Sargento

No Carnaval de 1949, Sargento venceu a seletiva de sambas-enredo da Mangueira com Apologia ao Mestre, parceria com seu padrasto Alfredo Lourenço, e escola de samba se consagrou campeã do desfile daquele ano.

A parceria rendeu, para o desfile seguinte, o samba-enredo Plano SALTE – Saúde, Lavoura, Transporte e Educação, que garantiu um novo campeonato à escola.

Em 1955, Nelson e Alfredo Lourenço compuseram o samba-enredo As Quatro Estações do Ano ou Cântico à Natureza, considerado um dos mais belos sambas-enredo já realizados. 

Mestre Nelson Sargento | Foto: Reprodução/R

4 – Nelson Sargento se tornou discípulo de Cartola

Em 1958, Nelson Sargento foi eleito Presidente da Ala de Compositores da Mangueira, posição que lhe permitiu maior convivência e aprendizado com os sambistas veteranos da escola, como Carlos Cachaça, Saturnino, Aluisio Dias, Babaú e – principalmente – Cartola, de quem se tornaria um discípulo, ao guardar na cabeça os versos que o mestre compunha de maneira descompromissada, além de completar outras das suas composições.

5 – Ganhou notabilidade no Zicartola 

Nelson, inclusive, ganhou notabilidade como cantor no Zicartola, famoso restaurante de Cartola no Rio de Janeiro, onde se apresentava em meados dos anos 60. Pouco depois, integrou os conjuntos A Voz do Morro e Os Cinco Crioulos

6 – “Agoniza Mas Não Morre” é sua composição de maior sucesso

Aos poucos, algumas de suas composições passaram a ser gravadas por artistas como Paulinho da Viola, que lançou as canções:

  • Minha Vez de Sorrir (parceria de Sargento com Batista da Mangueira), em 1971; e Falso Moralista, em 1972;
  • dois dos sambas mais conhecidos de Nelson.

Em 1978, Beth Carvalho lançou Agoniza Mas Não Morre, que se tornou a composição de maior sucesso do sambista. 

7 – Compôs mais de 400 canções 

Ao longo da sua vida, Nelson Sargento compôs mais de 400 canções. 

8 – Aos 55 anos, gravou seu primeiro álbum solo

Somente em 1979, aos 55 anos, Sargento gravou o seu primeiro álbum solo: Sonho de Sambista.

9 – Além de músico, Nelson Sargento foi artista plástico e poeta

Além da carreira musical, Nelson foi artista plástico e poeta, tendo publicado os livros Prisioneiro do Mundo e Um Certo Geraldo Pereira.

Também fez participações nos filmes O Primeiro Dia (de Daniela Thomas e Walter Salles, 1999) e Orfeu (de Cacá Diegues, também em 1999).

10 – O Terreirão do Samba foi batizado com seu nome

Em sua homenagem, o Terreirão do Samba, localizado na Praça Onze, foi batizado com o seu nome.

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