29 anos sem Mussum

Mussum, também conhecido como Antônio Carlos Bernardes Gomes, foi um icônico humorista, ator e sambista brasileiro que marcou gerações com sua irreverência e talento. Sua trajetória artística ficou marcada pela participação no quarteto humorístico “Os Trapalhões” e no renomado grupo musical “Originais do Samba”.

Mussum: 29 anos sem um dos maiores humoristas do Brasil. | Foto: Montagem/Reprodução.
Mussum: 29 anos sem um dos maiores humoristas do Brasil. | Foto: Montagem/Reprodução.

Trajetória de Mussum

Mussum nasceu no dia 7 de abril de 1941, no morro de Cachoeirinha, em Lins de Vasconcelos, Rio de Janeiro, e teve uma infância humilde. Filho de Malvina Bernardes Gomes, que era empregada doméstica, Mussum teve o privilégio de ensinar a mãe a ler, mostrando desde cedo sua dedicação à família e sua sede por conhecimento.

Durante sua juventude, Mussum concluiu o curso primário em 1954 e, posteriormente, frequentou o Instituto Profissional Getúlio Vargas na Fundação Abrigo Cristo Redentor, onde se formou em ajudante de mecânico em 1957. Aos poucos, o jovem Antônio Carlos começou a trabalhar como ajudante de mecânico em uma oficina na Zona Norte do Rio de Janeiro, no bairro do Rocha.

Em busca de novos desafios e oportunidades, Mussum ingressou na Força Aérea Brasileira, onde permaneceu por oito anos, alcançando a graduação de cabo. Durante seu período na Força Aérea, ele também demonstrava seu talento musical tocando reco-reco no grupo musical Os Modernos do Samba.

Foi em 1965 que a carreira artística de Mussum decolou, quando ele estreou como humorista no programa “Bairro Feliz”, da TV Globo. Sua habilidade para sair facilmente de situações engraçadas e inusitadas rendeu-lhe o apelido de Mussum, fazendo uma divertida referência a um peixe escorregadio e liso.

Por que o apelido Mussum?

O apelido “Mussum” surgiu em uma apresentação do talentoso Antônio Carlos Bernardes, integrante do grupo musical “Originais do Samba”, durante um programa de televisão. Quem conferiu esse apelido único ao artista foi ninguém menos que Grande Otelo, um renomado ator, cantor e comediante brasileiro.

A história por trás desse apelido é curiosa e revela a habilidade de Grande Otelo em criar alcunhas peculiares. Mussum, com seu talento inegável e sua personalidade carismática, era conhecido por saber sair facilmente de situações embaraçosas, assim como um peixe escorregadio e liso. Esse traço marcante de sua personalidade o aproximou da figura de um peixe chamado “mussum”, inspirando assim o apelido que perdurou por toda sua carreira artística.

Mussum e “Os Originais do Samba”

Mussum, figura icônica do humor e da música brasileira, deixou um legado marcante ao longo de sua carreira. Nos anos 70, o talentoso artista integrou o famoso grupo musical “Os Originais do Samba”, contribuindo para o sucesso de várias músicas que, ainda hoje, são lembradas com carinho pelo público.

Entre os grandes sucessos de “Os Originais do Samba”, destacam-se canções como:

  • O Assassinato do Camarão (1970); 
  • A Dona do Primeiro Andar (1970); 
  • O Lado Direito da Rua Direita (1972); 
  • Esperança Perdida (1972); 
  • Saudosa Maloca (1973);
  •  e Falador Passa Mal (1973). 

Com sua voz marcante e carisma inconfundível, Mussum conquistou o coração dos fãs e se tornou uma das vozes mais reconhecidas no cenário do samba.

Mussum e Os Trapalhões

Além de seu talento musical, Mussum também brilhou no mundo do humor. Em 1973, ele deu início a uma nova fase em sua carreira ao integrar o grupo humorístico “Os Trapalhões”. Nessa época, o quarteto era composto por Renato Aragão, conhecido como Didi, Manfried Santana, o Dedé Santana, e, posteriormente, com a chegada de Mauro Gonçalves, o Zacarias.

Com um estilo de comédia único e envolvente, “Os Trapalhões” conquistaram uma enorme legião de fãs em todo o país. O quarteto criava esquetes engraçadas e esbanjava criatividade em suas performances, arrancando risadas e fazendo história na televisão brasileira.

A combinação do talento musical nos “Originais do Samba” com a genialidade cômica em “Os Trapalhões” tornou Mussum uma figura querida e admirada por gerações de brasileiros. Sua habilidade de transitar entre o samba e o humor o tornou uma personalidade única e inesquecível, deixando uma marca indelével na cultura brasileira.

Mesmo após sua partida em 1994, Mussum continua presente no coração dos brasileiros através de suas obras e de seu legado artístico. Seu carisma, talento e contribuições para a música e o humor jamais serão esquecidos e sua memória seguirá viva na história do entretenimento nacional.

Viva ao eterno, Mussum!

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