Um dos mais consagrados nomes do cinema, da televisão e do teatro brasileiro de todos os tempos, Amácio Mazzaropi levou a cultura brasileira afora!
No dia de hoje, completamos 42 anos sem esse ator, humorista, cantor, produtor e cineasta, considerado o maior cômico do cinema brasileiro e o único artista que ficou milionário fazendo filmes no Brasil.
Mazzaropi faleceu em 13 de junho de 1981, aos 69 anos – por conta de um câncer na medula óssea – antes de finalizar seu 33º filme. Mas o artista fez história não só como um grande ator, mas como um dos maiores responsáveis pelo crescimento, desenvolvimento e consolidação da indústria cinematográfica brasileira.
5 motivos que fazem de Mazzaropi um dos maiores nomes da cultura popular brasileira
Em homenagem ao dia de hoje, preparamos uma lista com cinco motivos que fazem de Mazzaropi um dos maiores nomes da nossa cultura popular brasileira.
1 – Em 30 anos, Mazzaropi participou de 32 produções cinematográficas
Em 30 anos, Mazzaropi participou de 32 produções cinematográficas, as primeiras como ator, mas – a partir de 1958 – também como produtor e, às vezes, como roteirista, colaborando com os diretores. Suas produções foram fenômeno de público por mais de três décadas, levando multidões a formarem filas na porta dos cinemas.
2 – Criou o emblemático personagem “Jeca Tatu”
Nascido em São Paulo, em 1912, filho de um imigrante italiano com uma filha de imigrantes portugueses nascida em Taubaté, Mazzaropi cresceu na cidade, onde também visitava seu avô materno no município vizinho de Tremembé.
O avô era exímio tocador de viola e dançarino de cana-verde, modalidade de dança portuguesa, além de animador de festas.
Foi neste contexto de família humilde de imigrantes vivendo no interior paulista que Mazzaropi teve contato com a vida cultural do caipira, que tanto o inspirou.
O ator criava tipos bem brasileiros com genialidade desde criança e uma das suas interpretações mais emblemáticas no cinema foi o personagem Jeca Tatu, baseado no caipira criado por Monteiro Lobato, que passou a ter a cara, o andar, o falar e os trejeitos de Mazzaropi.
3 – Mazzaropi trouxe a mais pura expressão da cultura do interior
O ator habitou o imaginário popular brasileiro como a mais pura expressão da cultura do interior do país. Seus personagens, por vezes ingênuos, outras vezes espertos ou atrapalhados, tinham a marca da boa índole do homem típico, que pode até buscar levar uma vantagem ou outra, mas conserva a pureza das intenções e a retidão do caráter.
4 – Era apaixonado pelo circo
Antes do sucesso nos cinemas, com outros filmes como Tristeza do Jeca, O Corintiano e O Vendedor de Linguiça, Mazzaropi se apaixonou pelo circo, onde:
- trabalhou contando anedotas e causos e ganhando poucos trocados;
- montou sua própria trupe de teatro – na qual levou os pais para trabalhar com ele;
- foi estrela de programas de rádio e de televisão;
- teve sua própria produtora e distribuidora de cinema, além de seu próprio estúdio cinematográfico, onde formou atores e técnicos;
- e chegou a gravar alguns compactos, pois amava cantar valsa, MPB e fazer seresta com os seus amigos.
5 – Em 1992, foi fundado o Museu Mazzaropi
Inaugurada em agosto de 1990, a Oficina Cultural Amácio Mazzaropi, localizada no bairro do Brás, em São Paulo, é um centro fomentador da cultura brasileira, responsável por trabalhar o resgate da cultura popular e o intercâmbio entre artistas com atividades em diversas expressões.
Em 1992, também foi fundado o Museu Mazzaropi, na Estrada Amácio Mazzaropi, em Taubaté, que resgata a história do artista e da nossa cultura brasileira.