75 anos de Djavan

por Lívia Nolla

 

Hoje é aniversário de um dos maiores artistas da música popular brasileira de todos os tempos: o alagoano Djavan! 

Cantor, compositor, arranjador, produtor musical, empresário e violonista, Djavan influenciou uma geração de artistas e passeia por diversos estilos musicais com maestria, tendo em seu trabalho influências do jazz, do blues, do samba e da música flamenca, entre outras. 

Explorador do som das palavras, das imagens inusitadas, da variedade rítmica, das brincadeiras com andamentos, melodias fora dos padrões e riqueza harmônica, Djavan é um artista único. Do suingue ao blues, ele trafega pelas baladas e por sua personalíssima forma de fazer samba, mantendo sempre sua característica mão direita ao violão, inspirado na vida cotidiana para enriquecer suas letras. 

Preparamos uma matéria especial sobre a vida e a obra do Djavan, para homenageá-lo neste dia importante, em que o artista completa 75 anos. Aproveite! 

 

O início de tudo  

Nascido Djavan Caetano Viana, no dia 27 de janeiro de 1949, em Maceió, Alagoas, em uma família humilde, acompanhava desde menino sua mãe, Virginia, nas suas idas à beira do rio, onde ela lavava roupa junto com outras lavadeiras.   

Como conta em seu site oficial, o menino Djavan percebia –  cheio de orgulho, já aos cinco anos de idade – como sua mãe puxava bonito o canto com as colegas de trabalho, como distribuía as vozes e fazia bonitos solos. Sem saber, tinha ali, à beira de um rio na periferia de uma periférica cidade do Nordeste do Brasil, suas primeiras lições de música. 

Em casa, a mãe – sempre muito musical –  ensinava as primeiras canções para Djavan, que vinham do rádio: Orlando Silva, Ângela Maria, Dalva de Oliveira, Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga O menino também prestava muita atenção naquela música que ouvia nas ruas e feiras de Maceió, e no serviço de alto-falantes na praça. Sempre teve uma boa educação escolar, mas o violão aprendeu sozinho. 

Foi Virgínia quem percebeu primeiro o talento de Djavan para a música e que fez nascer nele o sonho de ser cantor de rádio. Mas, quase que outro sonho atravessa o sonho de sua mãe. Djavan era um craque, e não só da voz e do ouvido privilegiado, mas também com a bola nos pés. Aos 11 anos, ele jogava um excelente futebol nos campos de várzea de Maceió e chegou até a despontar como meio de campo juvenil do time do CSA, o principal da cidade, onde – se ele quisesse – teria feito carreira de jogador profissional. 

Reprodução: Galeria – Djavan

Mas, pra nossa sorte, ele escolheu atuar em outro campo: um amplo e confortável salão na casa do seu amigo de escola, cujo pai possuía um poderoso equipamento de som quadrifônico e uma coleção imensa de discos, coisa raríssima naquela Maceió do início dos anos 1960.  

Foi lá que Djavan – ainda menino – conheceu de Bach a Beethoven; se deparou com a inventividade do jazz de gênios como Miles Davis e John Coltrane; e também com o canto negro de Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday; além de descobrir toda a tradição musical brasileira: de Noel Rosa a Tom Jobim e a bossa nova; das escolas de samba ao samba canção; de Jackson do Pandeiro a Ary Lobo; e – principalmente – Luiz Gonzaga. 

E foi ali que Djavan teve a certeza de que deveria fazer música, seguindo a intuição de sua mãe, que já havia lhe apresentado todas aquelas canções da Rádio Nacional e – principalmente a tradição do canto das lavadeiras do rio.  

Começava então, a trajetória de um dos maiores cantores e compositores do mundo, dono de um violão e de um estilo únicos, que logo seguiria para conquistar primeiro o Rio de Janeiro, o Brasil e a música brasileira. E depois o mundo, palcos, estúdios e parceiros de Estados Unidos, Europa e África. 

 

A carreira profissional  

Aos 18 anos, Djavan passou a animar bailes da sua cidade com o conjunto Luz, Som, Dimensão (LSD), bem no espírito lisérgico da época da explosão do rock. Não demorou pra ele sentir necessidade de compor suas próprias músicas. Aos 23 anos, Maceió já era pequena para o seu sonho de ser cantor, e o alagoano se muda para o Rio de Janeiro, para tentar a sorte no mercado musical.  

Depois de um início difícil, Djavan teve o talento percebido e se tornou crooner de boates famosas como Number One e 706, onde passou a exercer toda a sua versatilidade musical. Com a ajuda de Edson Mauro, radialista esportivo e seu conterrâneo, o artista conheceu João Mello, produtor da gravadora Som Livre, que o levou para a TV Globo 

Reprodução: Galeria Djavan

A partir daí, Djavan passou a cantar nas trilhas sonoras de novelas, para as quais gravou músicas de compositores consagrados como Dori Caymmi, Toquinho e Vinicius de Moraes, Marcos e Paulo Sérgio Valle. Até que, em 1975, a canção Alegre Menina, de Dori Caymmi e Jorge Amado, tornou-se um grande sucesso da novela Gabriela, da Rede Globo, fazendo com que a voz de Djavan ficasse conhecida, antes mesmo de sua imagem. Depois que tornou-se um artista já consagrado, as composições de Djavan entraram em diversas trilhas de novelas ao longo dos anos. 

 

O sucesso nacional  

Em três anos, entre 1972 e 1975, nas horas vagas do microfone, Djavan compôs mais de 60 músicas, de variados gêneros. Com uma delas, o samba Fato Consumado, ele ficou em segundo lugar no Festival Abertura, realizado pela TV Globo em 75. 

Com essa conquista, Djavan tornou-se ainda mais reconhecido em todo o Brasil e lançou o seu primeiro disco, pela gravadora Som Livre, produzido pelo experiente e renomado Aloysio de Oliveira 

A Voz, o Violão, a Música de Djavan, de 1976, é um disco de samba sacudido, sincopado e diferente de tudo que se fazia na época. Como diz o site oficial do artista: “Visto hoje, este trabalho não marca apenas a estreia de Djavan, mas torna-o figura incontornável na história da música brasileira.”.  

Com 12 composições solo autorais, além de Fato Consumado, o álbum de estreia do Djavan já traz outros grandes sucessos como o clássico samba original que virou hit, Flor de Lis; Magia; Ventos do Norte e Pára-Raio. Acompanhado por músicos ilustres, boa parte deles integrantes da banda de Elis Regina, a maior cantora da época, o resultado não poderia ser outro: um disco que é uma verdadeira obra-prima e o início da carreira um artista novo e original. 

Atenta àquela revelação explosiva da música brasileira, a gravadora EMI-Odeon investiu pesado no seu segundo disco: Djavan, de 1978. Com uma orquestra formada pelos melhores músicos do momento, o álbum consagrou Djavan como um compositor completo, para além do samba muito pessoal que já havia chamado a atenção de todos.  

Entre canções de amor e desamor, Djavan nos apresenta grandes clássicos como: Cara de índio; Serrado; Álibi; Nereci e Samba Dobrado; entre mais 12 canções solo autorais. 

A essa altura, com seu talento reconhecido pela crítica e pelo público, Djavan já tinha várias de suas músicas interpretadas por outras grande vozes da MPB: Nana Caymmi gravou Dupla Traição, em 1976; Maria Bethânia, Álibi, em disco homônimo, de 1978, que foi o primeiro álbum de uma intérprete feminina na história da música brasileira cuja venda ultrapassou um milhão de cópias. 

Dois anos depois, em 1980, Djavan lançou o álbum Alumbramento, mostrando que – além de completo – dialoga bem com seus pares. O disco inaugura parcerias com Aldir Blanc (Aquele Um e Tem Boi na Linha, que também conta com a contribuição de Paulo Emílio), Cacaso (a clássica Lambada de Serpente) e Chico Buarque (autor de A Rosa, interpretada por Djavan com participação de Chico na gravação; e também parceiro de Djavan na composição da faixa-título); agora – definitivamente – colegas de primeiro time da MPB.  

Reprodução: Galeria – Djavan

Outras canções de destaque deste disco são o grande hit Meu Bem Querer e Sim Ou Não, ambas composições solo de Djavan; além da canção Sururu de Capote, que passou a ser o nome da banda que acompanhava o artista. 

Começava, junto com a década de 80, o momento de virada na vida e na obra de Djavan, a construção – de fato – de sua maneira muito própria de fazer música e de viver. No encarte do disco lançado em 1981, Seduzir, o artista fala sobre o seu momento de precoce maturidade: “O pouco que aprendi está aqui. Pleno. Dos pés à cabeça”. 

Entre os imensos sucessos do disco, estão a faixa-título e o super clássico Faltando um Pedaço, além de destaques como Luanda e Pedro Brasil (um samba cheio de quebradas rítmicas, acidentes harmônicos, fluência melódica e poesia inusitada), todas composições solo de Djavan. A partir deste momento, ele montou sua própria banda, fez as suas características tranças no cabelo, e começou suas turnês pelo Brasil e pelo mundo. 

 

Cruzando fronteiras internacionais   

Em 1982, a música Flor-de-Lis, hit do seu disco de estreia, tornou-se o primeiro sucesso de Djavan no mercado americano, na voz da diva Carmen McRae, com o título de Upside Down, dando início a uma trajetória que o faria um dos compositores brasileiros mais gravados no mundo, ao lado de nomes como Tom Jobim e Ivan Lins 

No mesmo ano, pela gravadora CBS, futura Sony Music, Djavan embarcou para Los Angeles, para gravar – sob a produção de Ronnie Foster, um dos principais nomes da soul music americana – o álbum Luz. O disco contou com a participação de alguns dos melhores músicos americanos e com – ninguém mais, ninguém mesmo que – Stevie Wonder – que participa da faixa Samurai, um dos maiores sucessos da carreira de Djavan 

Outros grandes destaques do disco são as canções: Capim, Sina, Pétala, Açaí, Esfinge, além da faixa-título, todas composições solo de Djavan.   

E, a essa altura, outros grandes nomes da MPB também já tinham gravado Djavan: Roberto Carlos, A Ilha, em 1980; Gal Costa, Açaí e Faltando um Pedaço, em 1981; e Caetano Veloso, retribuindo a homenagem do verbo “caetanear”, substitui por “djavanear” em sua versão de Sina, de 1982. 

Reprodução: Galeria – Djavan

Em 1983, Djavan participou da gravação do hit Superfantástico (adaptação de Edgard Poças para a canção de Ignacio Ballesteros e Difelisatti), com o grupo infantil de grande sucesso, Turma do Balão Mágico. 

Em 1984, também em Los Angeles, Djavan gravou ainda outro disco, o super pop e atual Lilás, que traz o grande hit da faixa-título, além dos sucessos Infinito, Esquinas e Miragem – todos de sua autoria, entre outros. Seguiu então por dois anos de viagens em turnê pelo mundo.  

Antes disso, no Brasil, Djavan se arriscou na carreira de ator, no filme Para viver um Grande Amor, uma adaptação da peça Pobre Menina Rica, de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra 

A partir de 1986, quando volta a gravar no país, Djavan comemorava seus dez anos de carreira como compositor, alternando-se entre o Brasil – onde nunca deixou de residir – e o mundo. A partir daí, disco a disco, turnê a turnê, Djavan foi construindo sua obra, tornando-se um artista de prestígio internacional mas também de grande popularidade no Brasil.  

O álbum Meu Lado, deste mesmo ano, traz sucessos como suas composições Asa, e Topázio; e duas canções africanas, mostrando o início do seu reencontro com suas origens e sua ancestralidade: Nkosi Sikelel’i AfrikaHino do Congresso Nacional Africano (de Enoch Sontonga) e So Bashiya Ba Hlala Ekhaya – Hino da Juventude Negra da Africa do Sul (do Grupo Cultural do Congresso Nacional Africano – AMANDLA).  

Com essas gravações, Djavan se inseria no esforço internacional de combater o Apartheid, que – em 1986 – ainda separava oficialmente brancos ricos e negros pobres e oprimidos na África do Sul. 

 

 

Laços fortes com suas origens  

Nas suas viagens musicais pelo mundo, Djavan teve dois encontros fundamentais, uma espécie de reencontro com suas próprias origens. O primeiro foi com a Espanha, as influências árabes, ciganas, da música flamenca e da grande arquitetura de Gaudí.  

Depois, com a África, mais especialmente durante uma turnê em Angola, a ilha de Mussula, onde – ao conhecer o ritmo local ele parece ter descoberto uma forma musical ancestral – não por acaso, em homenagem a esse encontro, ele batizou sua produtora, selo e gravadora criados em 2004 de Luanda (nome da capital da Angola) Records. 

O poético disco Não É Azul Mas é Mar, de 1987 (que também ganhou uma versão para o mercado internacional, com algumas versões em inglês, chamada Bird of Paradise), traz clássicos como: Me Leve; Dou-Não-Dou; e Florir; e a canção Soweto, que o aproxima ainda mais das influências musicais e culturais africanas e também da dolorosa resistência sul-africana contra o Apartheid transformando o sofrimento em lição para todo o mundo. Essa foi, certamente, a primeira “canção de protesto” de Djavan. 

Reprodução: Galeria – Djavan

Esse álbum também traz uma parceria de Djavan com seus filhos – ainda adolescentes – Flávia Virgínia e Max Viana: Navio. Depois – ao longo da carreira – tanto Flávia, quanto Max e também João Viana, outro filho de Djavan, integraram a banda do pai e também trilharam suas carreiras próprias na música. 

Em 1989, no álbum Djavan, o artista lançou a canção que seria um marco dos maiores sucessos da sua trajetória e também da história da MPB: a clássica e super hit Oceano. No disco, há um forte clima espanhol, que pode ser ouvido – por exemplo – no solo que Paco de Lucia, maior violonista flamenco do mundo, faz em Oceano; e também nas faixas   Cigano e Vida Real (versão de Nelson Motta para a canção Dejame Ir, de Mike Ribas e Chico Novarro).  

Também são deste disco outras canções muito famosas do alagoano, como: Mal de Mim e Avião (composições solo de Djavan), além de Corisco (parceria com Gilberto Gil). 

De 1992, Coisa de Acender é um disco marcado por parcerias e canções de amor, e trouxe outro

 

Reprodução: Galeria – Djavan

 

s grandes e inesquecíveis hits do artista: A Rota do Indivíduo (parceria com Orlando Morais), Linha do Equador (parceria com Caetano Veloso), além de Boa Noite, Se…, e Outono.

 

Autonomia e auge na carreira  

Em 1994, depois de quase 20 anos de carreira e 45 de vida, Djavan chegou à total maturidade artística, e no disco Novena passou a fazer trabalhos com total autonomia artística, inteiramente composto, produzido e arranjado por ele. E, mais do que isso, feito de fato à sua maneira, com a sua banda, uno e íntegro do início ao fim.  

Novena é o resultado da interação de Djavan com os músicos que sempre o acompanham: Paulo Calasans (teclados), Marcelo Mariano ou Arthur Maia (baixo), Carlos Bala (bateria) e Marcelo Martins (sopros). Entre os sucessos desse álbum a canção: Sem Saber, com violões e concepção de seu filho Max Viana, ali – aos poucos – entrando na banda e na carreira do pai. O disco é fechado por Avô, a única letra não escrita por Djavan, mas por sua filha Flavia Virginia.  

Se o disco anterior era mais reflexivo, pessoal, autoral, Malásia, de 1996, é o oposto: um disco para fora, variado e extrovertido. Tanto que, contrariando o hábito de quase somente gravar composições suas, Djavan dá uma de intérprete e canta três músicas de outros autores. São elas: o samba Coração Leviano (de Paulinho da Viola); Sorri (versão de Braguinha para o clássico Smile, de Charles Chaplin); e Correnteza (de Tom Jobim e Luiz Bonfá), gravada para a novela O Rei do Gado, do mesmo ano. Outro grande hit de Djavan lançado nesse disco é a canção Nem Um Dia. 

Em 1998, o funkeado e festivo álbum Bicho Solto traz um rejuvenescimento do artista, uma atualização constante de sua música, sem perda de identidade. Nele, está outro hit inesquecível de Djavan: Eu Te Devoro, além do sucesso Amar é Tudo e de parcerias com Gabriel, O Pensador (A Carta) e Dominguinhos (Retrato da Vida). 

Em 1999, seu trabalho chegou ao auge com o CD duplo Ao Vivo (seu primeiro trabalho ao vivo em mais de 30 anos de carreira), que vendeu dois milhões de cópias e trouxe todos os grandes sucessos consagrados ao longo de toda a carreira do alagoano, além dos hits inéditos: Um Amor Puro e Acelerou. Esta última venceu o Grammy Latino como Melhor Canção Brasileira no ano 2000. Outra música inédita na voz de Djavan foi registrada neste disco: Azul, composição do alagoano que fez muito sucesso na voz de Gal Costa, quando lançada em 1982. 

De 2001, o disco Milagreiro representa uma dupla volta para casa. A primeira é literal, já que este é o primeiro disco de Djavan gravado no estúdio profissional que o artista montou em sua própria residência e conta com a intensa ajuda dos filhos, o que reforça o clima caseiro. Max comanda a guitarra, Flavia Virginia atua novamente como letrista (em parceria com o pai na canção Infinitude), e a bateria dessa vez tem a participação do filho João Viana 

A segunda volta para casa é simbólica, uma volta para Alagoas. Por isso, nesse disco, há uma forte ligação com o Nordeste. Do ensaio fotográfico de Miguel Rio Branco que ilustra o encarte, ao poema citado da mineira-quase-nordestina Adélia Prado, além de muitas das canções, tudo remete à região. 

A belíssima faixa-título conta com a participação de Cássia Eller fazendo um dueto com Djavan, e o álbum traz outros sucessos como: Farinha;  Om; Meu; Ladeirinha; e Cair em Si, todas composições solo do artista. O álbum também conta com uma parceria de Djavan com Lulu Santos: Sílaba 

Amparado nessa popularidade e gravando cada vez discos mais ousados, em 2004 Djavan comemorou sua independência total, com a criação de sua própria gravadora, a Luanda Records, que viria a lançar seus discos seguintes. É o surgimento do empresário Djavan Caetano Viana. 

Reprodução: Galeria – Djavan

No mesmo ano, o disco Vaidade traz entre os sucessos, as canções: Se Acontecer; Flor do Medo; Sentimento Verdadeiro; Dia Azul; e a faixa-título; todas composições solo de Djavan. A canção que fecha o disco, Dorme Sofia, foi composta enquanto ele ninava sua filha mais nova, então um bebê.  

Em 2005, o álbum Djavan Na Pista, Etc contém títulos de várias épocas da carreira de Djavan, regravados em ritmos dançantes e produzido por Liminha, que se incumbiu de recriar os ritmos originais das canções. 

 

Uma carreira que não pára!  

Em 2007, veio o disco mais autoral de todos, como ele mesmo diz: Djavan Matizes, que traz, entre as canções, os grandes sucessos Desandou e Pedra  

E em 2009, é a vez do alagoano usar a sua voz privilegiada para cantar outros compositores no álbum Ária, que ganhou versão ao vivo e em DVD. Primeiro disco de Djavan apenas como intérprete em 34 anos de carreira. No disco, estão clássicos da música e também composições ligadas à sua memória emocional. 

Entre as canções: Oração Ao Tempo (de Caetano Veloso); Sabes Mentir (de Othon Russo); Valsa Brasileira (Edu Lobo e Chico Buarque); Brigas Nunca Mais (Tom Jobim e Vinicius de Moraes); e Palco (de Gilberto Gil). Ária venceu, em 2010, o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira. 

Rua dos Amores, de 2012 – que também ganhou versão ao vivo – trouxe 13 composições solo de Djavan, entre elas, os sucessos: Vive, Já Não Somos Dois e Quase Perdida. Em 2015, foi a vez do disco Vidas Pra Contar, com canções como Só Pra Ser Sol e Não É Um Bolero. A faixa-título recebeu, em 2016, o Grammy Latino de Melhor Canção em Língua Portuguesa  

Reprodução: Divulgação

Em 2015, Djavan – aos 66 anos – também recebeu uma homenagem no Grammy Latino, pelo conjunto da sua obra. Em 2017, foi lançado digitalmente o single inédito Com Mais Ninguém, composto especialmente para a novela Tempo de Amar, da Rede Globo. 

Já no ano de 2018, prestes a completar 70 anos e com mais de 40 anos de carreira, Djavan lançou Vesúvio, álbum com 12 composições solo suas – marcadas pelo amor, pela política e pelo poder da natureza – e uma parceria com o uruguaio Jorge Drexler, Esplendor, que conta com a participação do artista. Outros sucessos do disco são a faixa-título e a bela canção Solitude 

O seu mais recente lançamento foi o disco D, de 2022, 25º álbum de sua carreira, em que Djavan traz um dueto inédito com Milton Nascimento, Beleza Destruída, além do sucesso do single de lançamento: Num Tempo de Paz; e de uma canção com a participação de seus filhos e netos: Iluminado. 

Produzido e arranjado por Djavan, o álbum traz melodias sinuosas, harmonias ricas e surpreendentes, passeio por diversos gêneros e ritmos, sem qualquer perda do acento pop. “O álbum é uma proposta à felicidade, ao futuro, à esperança. Fiz um disco tentando quebrar a hegemonia do obscurantismo, da falta de esperança.”, afirmou o artista. 

Vida longa a Djavan! Feliz aniversário, mestre! 

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