A moda também tem papel cultural, social e político, traduzindo as particularidades de cada comunidade, mesmo em um mundo globalizado. No Brasil, o streetwear incorpora referências locais e identidade própria.
O estilo começou a se formar no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, com o hip hop, o surf e o skate. Shawn Stussy, na Califórnia, marcou a história ao vender camisetas com seu logotipo junto às pranchas de surf. Nos anos 1990, o streetwear se consolidou com o hip hop, incluindo moletons largos, sneakers, joias e peças de luxo reinterpretadas para o público dos guetos.
O Brasil vem se destacando com marcas que inovam em design, conceito e até na forma de entrega. A DESGOSTO, de Curitiba, se destaca não apenas pelo design de suas peças, mas também pela forma inovadora de entregar os produtos aos clientes. Na collab com a Turma da Mônica, por exemplo, as peças chegam em caixas de cereal personalizadas, com um personagem da Turma estampado, proporcionando uma verdadeira experiência de unboxing. Essa abordagem cria uma conexão divertida e memorável com o público, reforçando a identidade lúdica e nostálgica da marca.
A Carnan, do Rio de Janeiro, criada por Paulo, Breno e Lucca, representa o multiculturalismo sem perder a essência despojada das ruas. A Welcome Sunny Garments, também do Rio, combina streetwear com alfaiataria e estilo contemporâneo, enquanto a CLASS, de Santo André, integra luxo esportivo e referências culturais brasileiras, com presença nacional e forte ligação com a cena do skate.
Cada uma dessas marcas mostra a diversidade e o potencial do streetwear brasileiro, trazendo inovação e identidade própria para um mercado em crescimento.
