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A curiosidade de Alcione e sua paixão inusitada

A “Marrom”, como é carinhosamente chamada, sempre foi apaixonada pela música, mas seu primeiro grande amor não foi o microfone, e sim o trompete. Nascida em São Luís do Maranhão, filha de um regente de banda e de uma mãe que também tinha sensibilidade artística, Alcione cresceu cercada de sons, partituras e ensaios. Ainda adolescente, decidiu que queria seguir os passos do pai e começou a estudar instrumentos de sopro, especialmente o trompete e o clarinete.

Pouca gente sabe que, durante sua juventude, Alcione chegou a se apresentar em bandas marciais e grupos musicais como trompetista. Sua habilidade era tanta que, por um tempo, ela acreditou que faria carreira como instrumentista profissional. Foi só mais tarde, incentivada pelos amigos e por professores de música, que percebeu que sua voz poderosa e única tinha potencial para ir muito além.

A virada de chave aconteceu quando ela passou a se apresentar em casas noturnas, revelando ao público um timbre que viria a se tornar uma das marcas registradas da MPB.

Alcione | Foto: Prêmio da Música Brasileira / Divulgação.

Outro detalhe curioso é que Alcione nunca abandonou completamente sua paixão pelo trompete. Até hoje, em algumas entrevistas, ela conta com humor que, se não tivesse se tornado cantora, estaria feliz tocando em uma orquestra ou em uma banda militar. Inclusive, vez ou outra, surpreende plateias pegando o instrumento para tocar, mostrando que a relação com a música vai muito além da voz.

Essa história mostra uma faceta pouco conhecida da artista: a de mulher multifacetada, que carrega na sua trajetória a disciplina de quem estudou música de forma técnica e acadêmica, mas também a sensibilidade de quem transformou essa bagagem em emoção pura no palco. Talvez essa base sólida tenha sido justamente o que moldou a potência interpretativa de Alcione. Sua voz não é apenas canto; é instrumento, carregado de ritmo, afinação e intensidade.

Portanto, da próxima vez que ouvir Alcione interpretar sambas clássicos como “Não Deixe o Samba Morrer” ou “A Loba”, lembre-se: por trás daquela voz inesquecível existe também uma trompetista que, um dia, sonhou em ocupar os bastidores da música, mas acabou destinada a estar sob os holofotes como uma das maiores cantoras do Brasil.

Essa publicação é fruto de uma parceria especial entre a Novabrasil e o Fórum Brasil Diverso, evento realizado pela Revista Raça Brasil nos dias 10 e 11 de novembro, que celebra a diversidade, a cultura e a potência da música negra brasileira. Não perca a oportunidade de participar desse encontro transformador — inscreva-se já www.forumbrasildiverso.org

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