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A importância de Egberto Gismonti para a música brasileira 

Quando se fala em ícones brasileiros dos violões, é impossível este nome não vir à mente: Egberto Gismonti.

O compositor e multi-instrumentista completa 78 anos hoje e nós relembramos a sua importante trajetória na música popular brasileira. 

O início de tudo

Egberto Gismonti nasceu em 7 de dezembro de 1947, numa família de músicos em Carmo, no interior do Rio de Janeiro.

Começou a estudar piano aos cinco anos e – durante a infância e adolescência, seus estudos no Conservatório Brasileiro de Música já incluíam flauta, clarinete, violão e piano. Logo, interessou-se pela pesquisa da música popular e folclórica brasileira.

No final da década de 1960,abdicou de uma bolsa de estudos na Áustria para se dedicar exclusivamente à música popular. 

Em 1968, Gismonti participou do Festival de Música Brasileira da TV Globo com a canção “O Sonho“, defendida pelo grupo Os Três Moraes. Em 1969, partiu para a França para estudar música dodecafônica e análise musical.

No mesmo ano, lançou seu primeiro disco, “Egberto Gismonti”. Nesta mesma época, atuou como arranjador e regente da orquestra que acompanhava a cantora francesa Marie Laforêt.

Foi também em 1969 que assinou a sua primeira trilha sonora, para o filme “A Penúltima Donzela”. Em sua temporada na Europa, o artista gravou discos, assinou trilha para teatro e atuou como arranjador e regente.

Uma vida dedicada à música

Nos anos 1970, Gismonti dedicou-se a pesquisas musicais, voltando-se quase exclusivamente à música instrumental. Em 1970, no V Festival Internacional da Canção, concorreu com sua canção “O Mercador de Serpentes”. 

Mas acontece que as gravadoras brasileiras tinham receio de lançar álbuns com seu estilo inovador, o que levou o artista a procurar selos europeus, pelos quais lançou vários álbuns nas décadas seguintes.

Muitas foram as pesquisas e os mergulhos musicais de Egberto Gismonti:

  • O interesse pelo choro o levou a se dedicar ao violão de oito cordas e à flauta; 
  • A curiosidade sobre as possibilidades da tecnologia e a influência da música contemporânea europeia levaram-no aos sintetizadores; 
  • E a curiosidade em relação ao folclore e às raízes do Brasil levaram-no a estudar a música dos indígenas do Brasil e a morar, por um breve período, com os Iaualapitis do Alto Xingu, também Influenciado pelas obras dos irmãos Villas-Bôas: Orlando, Cláudio e Leonardo.

Entre os músicos com os quais Egberto fez colaborações, estão Naná Vasconcelos, André Geraissati, Jaques Morelenbaum, Hermeto Paschoal e Flora Purim.

Ele também ingressou no mundo das trilhas para ballet em 1974, com a peça “Maracatu”, do grupo de Ballet Stagium. Desde então, é requisitado por diversas companhias do Brasil e do exterior. 

Entre 1977 e 1993, Gismonti gravou quinze álbuns para o selo alemão ECM, dos quais dez foram lançados no Brasil pela BMG em 1995. Por meio de seu próprio selo, Carmo, ele recomprou seu repertório inicial e é um dos raros compositores brasileiros que são donos do próprio acervo.

Sua obra passou a ser gravada por outros instrumentistas como Delia Fischer, Esperanza Spalding e Hamilton de Holanda.

Uma obra única e inclassificável

Com obras executadas em mais de 50 países, Egberto Gismonti é um dos principais nomes da música brasileira. Sua vasta produção musical inclui trilhas para teatro, cinema e balé.

O artista foi incluído na lista “30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão” da revista Rolling Stone Brasil,na categoria: “Mestres Acústicos” em 2012.

Se afastando de preconceitos, afirma que “só existem dois tipos de música: uma que eu preciso hoje para viver e a outra, que certamente vou precisar amanhã”. 

Deste modo, Gismonti refuta que existam hierarquias no campo da música popular. O influxo destas referências sobre suas composições o colocam em um lugar de difícil categorização de gênero musical.

O músico assinou 32 trilhas sonoras para filmes e gravou 70 discos ao longo de sua carreira. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro em 2017 e recebeu o status de comendador através da outorga da Ordem do Mérito Cultural em 2005.

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