A importância de João da Baiana para a MPB

Você conhece João da Baiana, um dos maiores nomes da história do samba no Brasil? A importância de seu legado é imenso e o artista merece ser reverenciado sempre mais e mais. Como o site da Novabrasil faz hoje!

A importância de João da Baiana para a MPB

Nascido no Rio de Janeiro, em 17 de maio de 1887, João da Baiana foi um dos pioneiros do samba. Cantor, compositor, passista e pandeirista, ele é conhecido por ter incluído o pandeiro no samba, quando o instrumento ainda era usado apenas em orquestras. Isso, quando o artista tinha somente oito anos de idade.

Quando criança, João da Baiana frequentou as rodas de samba que aconteciam clandestinamente nos terreiros cariocas – como por exemplo na casa da famosa Tia Ciata –  participou de blocos carnavalescos e foi amigo de outros nomes importantes da nossa música, como Donga e Heitor dos Prazeres.

A partir de 1923, passou a compor músicas e a frequentar programas de rádio e, em 1928, foi contratado como ritmista. Além dos pandeiros, sua especialidade era o prato e faca, populares nas gravações da época. 

João da Baiana integrou alguns dos pioneiros grupos profissionais de samba, entre eles o Conjunto dos Moles, Grupo do Louro, Diabos do Céu e o Grupo da Guarda Velha, conjunto organizado por Pixinguinha, que reuniu alguns dos maiores instrumentistas brasileiros da época e acompanhou grandes cantores como Carmen Miranda, Sílvio Caldas e Mário Reis.  Donga e Pixinguinha foram seus parceiros constantes.

Algumas das composições mais importantes de João foram canções como, por exemplo: 

  • Pelo Amor da Mulata
  • Mulher Cruel
  • Pedindo Vingança 
  • O Futuro é uma Caveira.
Clementina de Jesus, Pixinguinha e João da Baiana | Foto: Pedro de Moraes

João participou também da famosa gravação organizada por Heitor Villa-Lobos, a bordo do navio “Uruguai”, em 1940, para o disco “Native Brazilian Music”, do maestro Leopold Stokowski, com sua música “Ke-ke-re-ké”. 

Em 1968, João da Baiana gravou – com Pixinguinha e Clementina de Jesus– o histórico LP “Gente da Antiga”, produzido por Hermínio Bello de Carvalho, no qual lançou, entre outras, as canções ancestrais “Cabide de Molambo” e “Batuque na Cozinha”, depois regravada por Martinho da Vila

Em 1972, João da Baiana passou a viver na Casa dos Artistas, em Jacarepaguá, onde faleceu dois anos depois, aos 87 anos. Seu filho, Neoci, também era músico e participou da fundação do grupo Fundo de Quintal.

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