A poesia urbana de Letícia Fialho mistura referências da MPB dos anos 70 e do afroblues. A vida cotidiana, o tempo e o afeto são temas de suas canções, sempre guiadas pela ancestralidade. Sua música “Corpo e Canção” atingiu mais de 4 milhões de streamings. No Vitrine, a artista fala sobre suas referências e próximos passos na carreira.
Natural da cidade de Brasília e descendente de família carioca, a compositora, cantora e instrumentista Letícia Fialho tem em suas raízes a vivência no subúrbio do Rio de Janeiro. Com apenas 7 anos de idade, já conseguia tirar músicas de ouvido. Logo começou a tocar violão. Compor, aos 12 anos.
Letícia sempre entendeu a música como sua profissão. Optou por não fazer o curso formal por não se identificar tanto com o erudito. Por conta da palavra, formou-se em Letras na Universidade de Brasília.
A boemia dos instrumentistas e cantores populares, a cultura negra e o carnaval de rua são imagens presentes em seu universo poético. Com profundidade e estética apurada, sua música tem ritmos variados e composição sensível, que nasce da experimentação da linguagem e do instrumento.
Fez parte do bloco do grupo Chinelos de Couro e da banda Contém Dendê, formados apenas por mulheres, antes de lançar seu primeiro álbum “Letícia Fialho”, de 2011. Atualmente, conta com mais três trabalhos em sua discografia, sendo o mais recente, “Carta de Fogo“, lançado em 2021, onde tocou todos os instrumentos presentes.
“Em todas as frentes tem grandes mulheres…” diz Letícia Fialho sobre as mulheres na música brasileira
Em conversa com Lívia Nolla, Letícia reflete sobre as referências musicais que influenciaram sua vivência, como Djavan, Cássia Eller e Marisa Monte. Seu pai foi percursionista, mas acabou deixando a profissão para dar seguimento a formação em Química. Os programas de final de semana em sua casa era ouvir discos de vinil ao lado da família.
A efervescência cultural de Brasília também foi tema da conversa, além da importância da presença de mulheres em todos os seus trabalhos. Lívia e Letícia refletiram sobre o trabalho, contribuição e colaboração de artistas brasileiras contemporâneas.
Com composições que tem o fogo como tema principal, Letícia também contou detalhes sobre seu álbum mais recente.
Sobre o ‘Vitrine’
O Vitrine chega na grade da novabrasil para celebrar os novos talentos da música brasileira. Nomes expoentes da nossa música ganharão espaço e destaque na programação da rádio.
Apresentado por Lívia Nolla, pesquisadora musical e garimpeira de carteirinha, é no Vitrine que os ouvintes vão conhecer os artistas e os sons que estão se destacando na cena musical.
Confira a playlist oficial do programa: