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A música que nunca morre e a influência na juventude negra

A música popular brasileira já foi definida de muitas maneiras, mas talvez a melhor descrição seja a de um espelho: a MPB reflete o Brasil de cada época. E hoje, esse reflexo é mais negro, mais plural e mais real. Se nos anos 1970 a MPB foi dominada por nomes como Chico Buarque, Elis Regina e Caetano Veloso, nas últimas décadas ela ganhou novos timbres, corpos e histórias.

Artistas negros como Liniker, Luedji Luna, Majur, Jonathan Ferr e Xênia França reocupam o espaço que sempre lhes pertenceu, trazendo a ancestralidade de Clementina de Jesus e a ousadia de Elza Soares para o século XXI. A juventude negra tem feito da MPB um território de afirmação identitária. Em vez de apenas revisitar o passado, esses artistas criam pontes entre o clássico e o contemporâneo. Liniker transforma a dor em catarse e canta o amor com liberdade de gênero e sentimento. Luedji Luna, com sua voz serena, faz da espiritualidade um ato político. Majur mistura axé, pop e soul, mostrando que a MPB pode ser dançante e intensa. Jonathan Ferr transforma o piano em ferramenta de resistência, misturando jazz e hip-hop.

Esses novos nomes não negam a tradição; eles a reinventam. E é justamente essa capacidade de se transformar que mantém a MPB viva. O gênero sobrevive porque fala de emoção, de humanidade, de país. E, em um Brasil ainda desigual, ouvir vozes negras cantando suas próprias histórias é um gesto revolucionário.

Xênia França. Foto: Divulgação.

A influência da MPB sobre a juventude negra vai além da música. É uma escola de estética, linguagem e orgulho. Cada verso e cada acorde carregam a memória dos que vieram antes — e o sonho dos que virão depois. A música popular brasileira nunca morre porque se renova em quem ousa cantar sua verdade.

Essa publicação é fruto de uma parceria especial entre a Novabrasil e o Fórum Brasil Diverso, evento realizado pela Revista Raça Brasil nos dias 10 e 11 de novembro, que celebra a diversidade, a cultura e a potência da música negra brasileira. Não perca a oportunidade de participar desse encontro transformador — inscreva-se já www.forumbrasildiverso.org

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