“A poesia te permite falar sobre qualquer coisa.” Por meio dessa perspectiva, o cantor e compositor Rodrigo Alarcon traz sua arte para o mundo. Depois de vários anos de uma carreira de sucesso e um álbum ao vivo gravado vazio durante a pandemia, o artista lançou o disco “Rivo III e a Fé”, em 2022.
Convidado de Lívia Nolla no Vitrine da semana, Alarcon fala sobre a “pós-MPB”, inspiração em Marília Mendonça, o primeiro EP que surgiu de uma página sua na internet e seus projetos futuros.
Rodrigo Alarcon
Nascido em Sorocaba (SP), Rodrigo Alarcon cresceu em Mogi das Cruzes. Com influências em Maria Bethânia e Gonzaguinha, já foi integrante de banda EMO – gênero musical melódico com foco na expressão emocional – e Metal no início da carreira. Além de ser cantor e compositor, também é formado em Design Gráfico.
Alarcon define seu trabalho “pós-MPB” que, em suas palavras, difere do conceito de “Nova MPB”. Com composições emocionadas, com carga de drama e senso de humor único, o artista se conecta com o ouvinte de suas músicas de forma íntima.
De “O Lado Vazio do Sofá” até “Rivo III e a Fé”
Em 2015, lançou seu primeiro trabalho autoral no Youtube, “O Lado Vazio do Sofá”, que reflete sobre o amor e melancolia. A faixa foi um divisor de águas em sua carreira e conquistou mais de 5 milhões de plays.
Em 2018, estreou seu primeiro EP “Parte”, com 7 faixas, financiado coletivamente. Entre lançamento de singles de sucesso e participações especiais, Alarcon lança, em 2020, um álbum ao vivo. O registro foi transmitido da casa de show Cine Joia, em São Paulo, completamente vazio por conta da pandemia, o que potencializou ainda mais a emoção passada pelas canções.
Atualmente, o artista tem mais de 750 mil ouvintes mensais apenas na plataforma Spotify que se conectam com sua arte. Em 2022, lança “Rivo III e a Fé”, seu primeiro disco de estúdio, produzido por ele, em parceria com Ana Muller e Pedro Altério – junto com um álbum visual, que conta uma história por meio de uma dramaturgia, que passeia por todas as canções do disco.
O álbum entrou na lista dos 50 melhores discos do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA.
“A vida é uma complicação de certezas e quebra dessas próprias certezas.” diz Rodrigo Alarcon no Vitrine
Durante o papo com Lívia Nolla, Rodrigo Alarcon relembrou como despontou no cenário da música brasileira com o “O Lado Vazio do Sofá” e refletiu:
“No fim, música popular brasileira é toda música que atinge massa e que é popular e feita no Brasil.“
Sobre o impacto que a internet proporciona para o acesso à diferentes tipos de música, o artista aponta:
“A música brasileira é muito grande, não vai deixar de ser feita e é feita há muito tempo e com muita qualidade. Então a gente tem muito pra olhar pra trás, e muito pra ser feito daqui pra frente, porque – com a internet e gente consegue misturar isso que a gente conhece como música brasileira com música do mundo, que tá acontecendo agora, contemporânea, a um clique”.
O artista falou também sobre como as pessoas se identificam e se sentem representadas por sua música:
“Eu percebo que no meu show, as pessoas vão pra cantar comigo, pra estar lá, pra viver aquele momento. E isso é maravilhoso.“
Alarcon contou detalhes sobre seu primeiro álbum, “Rivot III e a Fé” (2022), passando por cada canção do trabalho e cada um dos clipes que ele dirigiu, atuou, escreveu e produziu. Sobre o papel da poesia em sua vida, disse:
“Eu adoro poesia: conseguir sintetizar o belo no cotidiano, por mais feia que possa ser qualquer das situações, porque a poesia te permite falar sobre qualquer coisa.”
Sobre o ‘Vitrine’
O Vitrine chega na grade da novabrasil para celebrar os novos talentos da música brasileira. Nomes expoentes da nossa música ganharão espaço e destaque na programação da rádio.
Apresentado por Lívia Nolla, pesquisadora musical e garimpeira de carteirinha, é no Vitrine que os ouvintes vão conhecer os artistas e os sons que estão se destacando na cena musical.
Confira a playlist oficial do programa:
Por: Bianca Sousa
