Agnes Nunes é um fenômeno. Uma daquelas artistas que canta como quem lê uma carta íntima, que entrega emoções com a pureza de quem não tem medo de sentir. Sua voz doce, suave e, ao mesmo tempo, intensa, é capaz de tocar lugares profundos do nosso afeto. E uma de suas músicas mais marcantes, “Vê se Não Demora”, captura exatamente essa sensibilidade.
A canção é uma súplica amorosa, um pedido para que o outro não demore a voltar, a se reencontrar, a redescobrir o que existe entre duas pessoas. Mas, para além do romantismo, há uma poesia escondida sobre presença, cuidado e espera. Agnes canta como se estivesse conversando com alguém muito importante, mas também como se falasse consigo mesma — um chamado para não perder aquilo que realmente importa.

“Vê se Não Demora” é melancólica e doce ao mesmo tempo. É música de quem ama com intensidade. É música de quem entende que o tempo — esse senhor tão complicado — às vezes separa, mas também ensina.
Agnes Nunes representa uma nova geração da música brasileira que honra a ancestralidade e, ao mesmo tempo, constrói um futuro cheio de possibilidades. Sua estética é minimalista, mas carregada de profundidade. Ela não precisa de exageros: sua voz é suficiente para iluminar qualquer sala.
Ouvir essa música é lembrar que vulnerabilidade é força. Que sentir é importante. Que amar, mesmo com medo, é um ato de coragem. E que, em um mundo de relações rápidas e descartáveis, Agnes nos convida a desacelerar e cuidar do que verdadeiramente faz o coração vibrar.


